Estudo preliminar aponta que vacina da Johnson & Johnson contra a Covid-19 gera resposta imune duradoura
Em uma única dose, anticorpos neutralizantes foram encontrados em mais de 90% dos participantes do estudo

Foto: Reprodução/Olhar Digital
Um estudo preliminar publicado na última semana sobre a vacina da farmacêutica americana Johnson & Johnson contra o coronavírus aponta que a resposta imune gerada por ela pode ser duradoura. Foram analisados para o teste 805 voluntários com idades entre 18 e 55 anos. Após uma única dose, os anticorpos neutralizantes foram encontrados em mais de 90% dos participantes do estudo depois de 29 dias, em 100% deles no 57º dia depois da administração da vacina. Os anticorpos permaneceram estáveis até o 71º dia.
Os dados são das fases 1ª e 2ª. A Johnson & Johnson continuará a observar todos os participantes das fases de testes da vacina por um ano para entender qual é, exatamente, a duração dela. Foram testados nesse estudo dois regimes da vacina: o de uma dose e o de duas doses (seguindo os exemplos de outros imunizantes já aprovados, como a CoronaVac e a da Pfizer com a BioNTech).
Os efeitos adversos mais comuns foram fadiga, dores de cabeça, dores musculares e dores no local da injeção. Em pessoas mais velhas, as reações foram menores. Quando duas doses foram administradas, com uma diferença de 56 dias entre elas, os efeitos colaterais foram reduzidos após a aplicação da segunda (e a presença de anticorpos dobrou).
Resultados sobre a eficácia da vacina em testes de fase 3 devem ser divulgados somente no final deste mês, segundo a companhia. Eles, no entanto, dirão respeito à tentativa de utilizar a vacina em dose única, o que pode mudar de uma vez por todas o curso da pandemia. Ter uma vacina de dose única pode facilitar as campanhas de vacinação e também a importação.