Michel Telles

EUA criam 253 mil empregos em abril de 2023!

Taxa de desemprego é a menor desde maio de 1969; salário médio chega a R$ 28,9 mil por mês no país e escassez de mão de obra abre oportunidades para a contratação de imigrantes

Por Michel Telles
Ás

EUA criam 253 mil empregos em abril de 2023!

Foto: Arquivo

Em abril, as empresas dos EUA contrataram 253 mil trabalhadores não rurais a mais do que em março, segundo dados divulgados na sexta-feira (5) pelo Departamento de Trabalho americano. Trata-se de uma alta de 53% sobre as 165 mil novas contratações registradas no mês anterior.

Com isso, nos quatro primeiros meses do ano, os EUA já adicionaram um total de 1,1 milhão de vagas de trabalho à economia do país – recuo de 41% sobre o mesmo período de 2022.

Os setores que mais geraram emprego em abril de 2023 foram os de saúde e assistência social (64 mil contratações a mais do que em março), serviços profissionais e empresariais (43 mil), lazer e hospitalidade (31 mil) e atividades financeiras (24 mil).

Já entre os segmentos com pior desempenho estão os trabalhos temporários, que perderam 23 mil empregos em abril, construção de prédios (-3,6 mil) e comércio atacadista (-2,2).

“O número veio muito acima do esperado, mostrando que a economia americana continua resiliente. Com a chegada do verão no Hemisfério Norte, provavelmente teremos um aumento significativo no ramo de lazer de hospitalidade e nas contratações temporárias nas próximas divulgações”, comenta Rodrigo Costa, CEO da AG Immigration, escritório de advocacia especializado em vistos de trabalho para imigrantes que querem trabalhar nos EUA.

Taxa de desemprego

O relatório do Departamento de Trabalho também revelou que a taxa de desemprego oficial do país caiu um décimo, para 3,4%, em abril – a menor desde maio de 1969. Com isso, a quantidade de pessoas sem emprego nos EUA caiu para 5,7 milhões em números totais.

Como atualmente existem 9,6 milhões de vagas abertas no país, segundo o próprio governo americano divulgou na terça-feira (2), isso significa que mesmo que todos os desempregados dos EUA fossem contratados, ainda assim restariam 3,9 milhões de posições precisando ser preenchidas.

“Se os EUA quiserem continuar crescendo economicamente, precisarão atacar o problema da escassez de mão de obra. E a solução para isso passa, necessariamente, pelos imigrantes. Facilitar a contratação de profissionais estrangeiros será um desafio político para o governo federal, especialmente porque estamos a um ano das eleições de 2024”, analisa Costa.

Os dados mostram que o desemprego é maior entre adolescentes (9,2%), negros (4,7%) e hispânicos (4,4%). Ainda de acordo com os números, a taxa de participação da força de trabalho subiu levemente para 62,6%. O indicador mede a quantidade de americanos que estão trabalhando em relação ao total da população.

Ao todo, segundo o Departamento de Trabalho, existem atualmente 155,6 milhões de americanos registrados nas folhas de pagamento das empresas não rurais.

Salário médio

A remuneração média por hora para os trabalhadores dos EUA chegou a US$ 33,36 em abril de 2023. No acumulado dos últimos doze meses, a alta é de 4,4% - menor, contudo, do que a inflação oficial, que está em 5% atualmente.

Considerando que, na média, trabalham-se 2.080 horas por ano, a remuneração padrão de um americano ficou na casa dos US$ 69,3 mil anuais (ou R$ 28,9 mil por mês, na conversão cambial de cinco reais para cada dólar).

Já a média de horas trabalhadas na semana manteve-se estável em 34,4 horas.

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