EUA investigam morte de homem que tomou tipo de cloroquina usado em aquário
A esposa da vítima disse que tomaram a substância depois que ouviram o presidente Donald Trump falar sobre os possíveis benefícios da cloroquina
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Está sendo investigado pela polícia do Arizona, nos Estados Unidos, o caso de Gary Lenius, que morreu em março. Ele e a esposa, Wanda, beberam um coquetel de refrigerante e fosfato de cloroquina; aparentemente, a intenção do casal era combater o novo coronavírus.
O fosfato de cloroquina é um ingrediente encontrado em produtos de limpeza para tanques de peixes e aquários. O casal precisou de atendimento hospitalar imediatamente e foram recebidos 30 minutos depois da ingestão da droga.
Wanda de 61 anos, conseguiu sobreviver por ter vomitado quantidade suficiente da substância, mas o médico Daniel Brooks, diretor que trata de envenenamentos e ingestão de drogas no hospital, não conseguiu salvar seu esposo.
Wanda contou à emissora NBC, que a decisão de ingerir a substância foi tomada depois que ouviram o presidente Donald Trump falar sobre os possíveis benefícios da cloroquina contra a covid-19, doença causada pelo coronavírus. A polícia descarta a hipótese de homicídio doloso.
O FDA (Food and Drug Administration, órgão dos Estados Unidos que cuida da regulamentação de medicamentos e drogas) pede que cloroquina e hidroxicloroquina não sejam usadas fora do ambiente hospitalar.