EUA oficializam repatriação de esmeralda encontrada na Bahia
Pedra preciosa tem um valor estimado de 1 bilhão de dólares, o que equivale a mais de R$ 6 bilhões
Foto: AGU
Depois de uma longa disputa judicial, os Estados Unidos formalizaram a repatriação de uma esmeralda de 380 kg, considerada um tesouro nacional brasileiro. A pedra encontrada em 2001 na cidade de Pindobaçu, no norte da Bahia, tem um valor estimado de 1 bilhão de dólares, o que equivale a mais de R$ 6 bilhões.
Conforme o Departamento de Justiça dos Estados Unidos, foi registrada a decisão final no prazo, valido até o dia 6 de dezembro de 2024. Neste caso, o período de 60 dias para a apresentação de recursos, que se encerra em fevereiro de 2025.
Outro ponto a ser analisado é que a repatriação definitiva da esmeralda pode ser adiada caso haja alguma contestação dentro do prazo.
Durante o processo, a pedra, que foi extraída e exportada ilegalmente para os Estados Unidos, ficará sob custódia do Brasil, com a previsão de exibição no Museu Nacional do Rio de Janeiro. No entanto, ainda não há uma data oficial para a chegada da pedra ao país.
Com a reposição da pedra, é considerada uma vitória pela Justiça brasileira, já que desde 2015 a justiça vem trabalhando para garantir o retorno da esmeralda ao Brasil. O processo legal envolveu uma articulação entre o Ministério Público Federal (MPF), a Advocacia-Geral da União (AGU), o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) e autoridades norte-americanas.
A pedra foi descoberta em Pindobaçu, no norte da Bahia, onde foi extraída ilegalmente e levada para os EUA com documentação falsa. Em 2017, a Justiça Federal de Campinas (SP) condenou dois homens envolvidos na exportação ilícita e decretou a apreensão da pedra.