Ex-braço direito de Dilma recebe cargo em empresa do BB e diminui em 93% sua dívida com o banco
Anderson Dorneles, conseguiu um acordo na justiça para liquidar as dívidas com o Banco do Brasil
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Braço direito da ex-presidente Dilma Rousseff no Palácio do Planalto em seus quase seis anos na Presidência, o gaúcho, Anderson Braga Dorneles, foi intitulado diretor em uma empresa da qual o Banco do Brasil é sócio e, um mês depois, conseguiu reduzir em 93% uma dívida que tinha com o banco desde 2016.
Dorneles é, desde 15 de agosto, diretor de Relações Governamentais da Cateno, joint venture de pagamentos do Banco do Brasil e da Cielo. O banco tem 30% do negócio, enquanto sua sócia, 70%.
De acordo com a Cateno, o cargo ocupado por Anderson não é estatutário e ele foi contratado em regime CLT. Seria apenas mais uma nomeação política entre tantas, se não fosse por uma estranha realização de Anderson.
Um mês após ser contratado, Anderson Dorneles assinou um acordo na Justiça que reduziu em 93% uma dívida que tinha com o Banco do Brasil. O valor a ser pago caiu de R$228.732,71 para R$15 mil, e ainda poderá ser pago em 10 parcelas.
A dívida foi originada por um empréstimo, feito por Dorneles, em 5 de janeiro de 2016, quando ele ainda era assistente de Dilma, no valor R$149.148,44, a serem pagos em 96 prestações. Anderson foi processado pelo banco dia 5 de novembro de 2018, quando a dívida chegava a R$202.210,99.
Até então em silêncio nos autos, Anderson Dorneles só foi dar as caras no processo no último dia 15 de setembro – exatamente um mês após ser contratado como diretor de Relações Governamentais da Cateno. O acordo foi homologado pela 23ª Vara Cível de Brasília em 9 de outubro e, no dia 23 daquele mês, o processo foi definitivamente arquivado.