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Ex-Diretor da PRF preso por suspeita de interferência nas eleições processa superintendente por danos morais

Silvinei Vasques, ex-diretor-geral da PRF, busca indenização após críticas sobre uso político da corporação

Por Da Redação
Ás

 Ex-Diretor da PRF preso por suspeita de interferência nas eleições processa superintendente por danos morais

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Silvinei Vasques, ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), foi detido sob suspeita de interferência no 2º turno das eleições presidenciais de 2022, na quarta-feira (9). Em resposta a críticas feitas pelo superintendente da corporação no Paraná, Fernando Cesar Borba de Oliveira, o ex-diretor move uma ação de danos morais. Silvinei alega que Oliveira o difamou ao falar sobre o uso político da PRF em entrevistas após sua posse em 2023, e busca uma indenização de R$ 52.800.

A ação está em tramitação na Justiça do Paraná e aguarda julgamento, com uma audiência de conciliação agendada para 12 de setembro.

No documento apresentado para cobrar danos morais, os representantes de Silvinei citam declarações feitas por Fernando Oliveira que teriam propagado "fake news ofensivas ao bom nome" do ex-diretor-geral. Em uma entrevista, Oliveira mencionou a esperança de uma PRF "desvinculada de partidos e governos" após a troca de governo.

Além disso, Silvinei alega ter sido prejudicado por uma declaração em um podcast onde Oliveira supostamente espalhou informações falsas, afirmando que a polícia rodoviária tentou impedir eleitores de votar. Nessa ocasião, Oliveira comentou que a atuação da PRF no 2º turno "não foi normal" e que havia uma investigação sobre bloqueios em rodovias durante o dia da eleição, em 30 de outubro de 2022.

"O que houve ali, até acho que é algo quase incontestável, é uma tentativa de instrumentalização da polícia por parte do governo à época. Lembro até hoje que no dia do 2º turno, eu fui votar pela manhã, à tarde liguei a televisão e não se falava da eleição, se falava da PRF", afirmou o superintendente da PRF no Paraná.

A advogada de Fernando Oliveira, Patrícia Nymberg, argumenta que a fala do superintendente "não constitui notícia falsa, mas sim uma manifestação crítica, amparada pela liberdade de expressão". Ela também ressalta que é público e notório que Silvinei Vasques está enfrentando acusações relacionadas a intensificação de ações nas rodovias durante o 2º turno das eleições, o que tornaria a afirmação de Oliveira verdadeira.

No dia do segundo turno, a PRF realizou abordagens em rodovias federais que impactaram a movimentação de eleitores. Quase metade dessas abordagens a ônibus ocorreu na região Nordeste, onde o candidato Lula (PT) tinha uma vantagem sobre Jair Bolsonaro (PL) nas pesquisas de intenção de voto.

Ao todo, 619 ônibus foram abordados em todo o país até as 17h de 30 de outubro, o horário limite para votar. Desses, 295 abordagens aconteceram nos estados nordestinos, representando 47,6% do total. Tais abordagens foram em desacordo com a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

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