Ex-esposa de João Gilberto entra na Justiça para ser reconhecida como gestora dos bens do artista
Desde 2017, a gestão é conduzida pela filha do artista, Bebel Gilberto
Foto: Reprodução
As ações judiciais para gestão do espólio do compositor João Gilberto começaram antes mesmo do corpo do artista ser enterrado. Enquanto o velório acontecia, no Teatro Municipal, Bebel Gilberto e Maria do Céu Harris, moçambicana e última companheiro de João Gilberto, entravam com os pedidos de inventário reclamando o direito de cuidar do processo.
Segundo a advogada Simone Kamenetz, que é patrona de Bebel Gilberto, a cantora assumiu a gestão do patrimônio do pai em 2017 e agora, com o falecimento dele, esta curadoria deve ser trocada pela inventariança.
Nesta quarta-feira (10), a A1ª Vara de Órfãos e Sucessões decidiu extinguir o processo de inventário solicitado por Maria do Céu, no qual ela queria ser reconhecida como herdeira e indicada como inventariante de João Gilberto.
Alegando ser companheira do mestre da bossa nova e com ele ter União Estável, a moçambicana reivindicava, em acordo com João Marcelo, outro filho de João Gilberto, tirar Bebel da função determinada anteriormente pela justiça.
Mas a juíza Gracia Cristina Moreira do Rosário, entendeu que a ação de inventário não seria o foro correto para o pleito e negou o pedido de Maria do Céu.