Ex-governador César Borges diz que impeachment de Dilma foi 'injusto' e 'golpe parlamentar'
Para César, todo o processo de impedimento foi guiado por interesse político
Foto: Reprodução/YouTube
O ex-governador da Bahia César Borges defendeu, nesta segunda-feira (6), que o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) foi injusto e se configurou como "golpe parlamentar". Para ele, todo o processo teve como motivo interesse político.
"[Dilma] foi injustiçada, foi um golpe parlamentar. Qual foi o ponto de apoio do impeachment? Primeiro, Eduardo Cunha na presidência [da Câmara] ter apresentado, coisa que nunca aconteceu antes. Segundo, a 'pauta bomba': só coisa contra o governo para derrubá-lo de alguma maneira. Terceiro, eles usaram o 'nariz de cera' que a presidenta fez as pedaladas [fiscais]. Isso nasceu dentro do TCU, com gente que eu conheço. Eu era do Banco do Brasil, as pedaladas sempre existiram, não é crime de responsabilidade", argumentou ele, em entrevista ao Metropod, podcast do grupo Metrópole.
Ainda de acordo com César Borges, a revelação de diversos casos de corrupção envolvendo o PT à época do impeachment, especialmente por meio da Operação Lava Jato, “não atingiam a presidente".
"Um impeachment é algo muito sério: o presidente foi eleito democraticamente e o impeachment pressupõe crime de responsabilidade. Por exemplo, chamar juiz do STF de canalha e falar em fechar o congresso – isso vai contra constituição e poderia ser razão", pontuou ele, fazendo referência ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).