Ex-ministro de Bolsonaro, general Fernando Azevedo desiste de assumir cargo no TSE

O Tribunal Superior Eleitoral informou que o ex-ministro da Defesa de Jair Bolsonaro, general Fernando Azevedo e Silva, não irá assumir a diretoria-geral da Corte. O pronunciamento foi realizado ontem, quarta-feira (16).

O general comunicou aos ministros Edson Fachin e Alexandre de Moraes, que não poderá assumir o cargo, alegando "questões de saúde e familiares". A posse de Azevedo estava marcada para o mês de fevereiro, após a substituição do chefe do Tribunal, Fachin, por Luís Roberto Barroso.

A decisão do militar foi comunicada em meio as novas tentativas de Bolsonaro de descredibilizar o sistema eleitoral brasileiro, que foram contestadas pelo TSE na semana passada, em nota de explicação.

Bolsonaro voltou questionar a segurança das urnas eletrônicas, durante a transmissão de uma live, na última quinta (10), nas redes sociais. O Chefe do Executivo disse que "“todo mundo sabe do que tem que desconfiar”.

“Eu sou o chefe supremo das Forças Armadas. Aceitamos um convite do ministro Barroso. O pessoal do Exército, segundo a mídia, buscou o TSE e começou a levantar possíveis vulnerabilidades, para ajudar o TSE. Foi oficiado o TSE, para que pudesse responder às Forças Armadas”, prosseguiu. 

“Passou o prazo, ficou um silêncio, foi reiterado. O prazo se esgotou no dia de hoje. E isso está na mão do ministro [da Defesa] Braga Netto, que vai tratar desse assunto. Ele vai entrar em contato com o presidente do TSE para ver se o atraso foi em função do recesso ou se não foi.”, disse Bolsonaro, durante a transmissão.

O nome do novo diretor-geral deve ser anunciado na sexta-feira (18), durante reunião no gabinete da vice-presidência do TSE. o plano B seria manter o atual diretor-geral, Rui Moreira, que não é militar. As informações são da Revista Veja.