Ex-ministro de Bolsonaro volta a depor sobre investigações sobre o caso Abin Paralela
General Carlos Alberto dos Santos Cruz compareceu ao depoimento no começo da tarde desta quarta-feira (2) à Polícia Federal, em Brasília
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Ex-ministro do governo Jair Bolsonaro (PL), o general Carlos Alberto dos Santos Cruz prestou depoimento no começo da tarde desta quarta-feira (2) à Polícia Federal, em Brasília. Ele foi chefe da Secretaria de Governo de Bolsonaro e apresentou o depoimento como testemunha no âmbito da investigação da chamada "Abin Paralela".
No decorrer do interrogatório, os investigadores questionaram o ex-ministro a respeito de uma suposta estrutura montada no Palácio do Planalto para monitorar adversários políticos do então governo.
Além disso, a PF também quis saber se o vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ), que é investigado, estava no comando da "Abin paralela" no Planalto. O filho do ex-presidente nega. O general começou a ser ouvido às 14h30, pontualmente no horário marcado para o início do depoimento, que terminou às 15h15, e logo foi liberado.
De acordo com acesso ao caso, o general Santos Cruz respondeu a todas as perguntas da PF. A íntegra do questionário é mantida sob sigilo.
Além do depoimento do general Carlos, a PF tem expectativa de outros depoimentos que serão colhidos ao longo do mês, que possam reunir os elementos finais para concluir a investigação. Assim, com o outubro do ano passado, o filho do ex-ministro foi um dos alvos da Operação “Última Milha”, que apura um suposto monitoramento ilegal realizado por servidores da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).
Segundo as investigações, Caio Cear dos Santos Cruz seria representante da empresa israelense Cognyte, que vendeu o sistema FirstMile para o governo federal no final da gestão do ex-presidente Michel Temer. Ele prestou depoimento no mesmo dia e negou irregularidades.