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Ex-nazista de 93 anos é condenado pela justiça alemã por cumplicidade em 5 mil mortes

O acusado pediu perdão "a todas as pessoas que passaram por esse inferno"

Por Da Redação
Ás

Ex-nazista de 93 anos é condenado pela justiça alemã por cumplicidade em 5 mil mortes

Foto: Reprodução

Foi condenado pelo Tribunal de Hamburgo na última quinta-feira (23) a dois anos, sob liberdade condicional, o guarda de um campo de extermínio nazista chamado Bruno Dey, condenado por cumplicidade em 5.232 mortes, ocorridas enquanto servia no local, aos 17 anos de idade. 

Este poderia ser o último julgamento a ser realizado por crimes de nazismo, 75 anos após a queda do Terceiro Reich, dadas as dificuldades envolvidas nesses processos devido à idade avançada do acusado e das testemunhas diretas das acusações contra eles.

As acusações contra ele correspondiam ao tempo em que serviu em Stutthof, um campo de extermínio perto de Gdansk, na Polônia ocupada. Isso foi entre agosto de 1944 e abril de 1945, período em que se estima que pelo menos 5.232 reclusos morreram. Os historiadores estimam que no total 100 mil prisioneiros, a maioria judeus, foram mortos lá.

Na última audiência antes da decisão, na última segunda-feira (20), o acusado pediu perdão "a todas as pessoas que passaram por esse inferno", bem como aos parentes e descendentes. Ele também garantiu que não serviu lá voluntariamente, mas que foi recrutado pelas SS e colocado naquele local.

O réu admitiu durante o julgamento, que tinha conhecimento do plano do Terceiro Reich de exterminar os judeus. No entanto, ele alegou que tinha apenas 17 anos de idade quando entrou em campo e não tinha capacidade para executar tal serviço. 

A Justiça alemã adere ao princípio de que o assassinato não expira, independentemente do acusado ser capaz de cumprir sua eventual sentença.
 

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