Exames de Bolsonaro sugerem quadro de pneumonia viral, diz médico

Ex-presidente deixou o hospital DF Star, em Brasília (DF), por volta de 12h neste sábado (21)

Por FolhaPress
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Exames de Bolsonaro sugerem quadro de pneumonia viral, diz médico

Foto: Alan Santos/PR

Os exames feitos pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) neste sábado (21) indicam um possível quadro de pneumonia viral, segundo o chefe da equipe médica que acompanha o político.

"Foi feito exame de sangue e tomografia que constatou que ele provavelmente teve um quadro de pneumonia viral [...] Vamos dar uns dias de antibiótico para ele tomar e resolver essa questão do pulmão", disse o médico Claudio Birolini.

Bolsonaro relatou aos médicos que vinha sofrendo de crises de soluço e vômitos desde quinta-feira (19). Os exames estavam previstos para segunda-feira (23), mas acabaram antecipados pela piora da situação de saúde do ex-presidente.

Birolini disse que aumentou a dose de um antibiótico tomado por Bolsonaro. "Vou pedir para ele rever a forma como se alimenta e diminuir o ritmo das agendas. Isso prejudica um pouquinho a recuperação dele", recomendou o médico.

Bolsonaro deixou o hospital DF Star, em Brasília (DF), por volta de 12h neste sábado. Ele ficou no hospital quase quatro horas. Fez tomografia e outros exames após cancelar suas agendas políticas em Goiás por problemas de saúde.

O ex-presidente ficará nas próximas 24 horas com um monitor de pressão arterial, para definir como será o tratamento na próxima semana.

Na saída do hospital, Bolsonaro disse que ele já teve anos atrás a crise de soluço. "É uma crise que dura às vezes 24 horas, uma semana de soluço. Eu fico bom quando há inversão nos movimentos peristálticos, com o vômito, e aí passa o soluço e eu fico por algum tempo bom", relatou o ex-presidente.

Segundo os médicos, os exames iniciais apontam que o incômodo sentido por Bolsonaro não tem relação com a cirurgia abdominal que fez em abril.

Bolsonaro passou por uma bateria de exames na manhã deste sábado. O médico Claudio Birolini, chefe da equipe que monitora o ex-presidente, viajou de São Paulo a Brasília para acompanhar os exames.

O ex-presidente passou mal na manhã de sexta-feira (20), enquanto cumpria uma agenda política em Anápolis (GO). Ele receberia o diploma de honra ao mérito da prefeitura da cidade. O evento acabou cancelado porque Bolsonaro voltou para Brasília, por questões de saúde.

Antes de passar mal, Bolsonaro havia visitado o Frigorífico Goiás, o mesmo que vendeu a "Picanha Mito" a R$ 22 (número de Bolsonaro na urna) durante as últimas eleições presidenciais. O ato rendeu à empresa um inquérito da Polícia Federal por propaganda eleitoral irregular.

Um dia antes, Bolsonaro participou de uma agenda na Câmara Municipal de Aparecida de Goiânia, quando recebeu o título de cidadão da cidade. Na ocasião, pediu desculpas e disse que estava muito mal. "Vomito dez vezes por dia", disse. Ele também disse que muitos não acreditavam em sua vitória em 2018, que, segundo ele, foi decidida "pela mão de Deus".
Em seguida, o deputado federal bolsonarista Gustavo Gayer (PL-GO) afirmou que ninguém na política do país "fez um sacrifício tão grande como Bolsonaro faz todos os dias" e que "poucos dariam conta de suportar o que ele está suportando".

"Quando a gente estava entrando aqui no auditório, faz uma hora que ele [Bolsonaro] está falando que não está se sentindo bem, que está cansado, que está se sentindo mal e que não daria conta de falar. Já vi ele fazer isso inúmeras vezes, só que quando ele chega aqui e recebe o carinho de vocês, olha para as pessoas que saem de suas casas, ele se sente na obrigação de retribuir isso", disse.

Bolsonaro foi submetido a uma cirurgia abdominal complexa em abril, que durou cerca de 12 horas, e recebeu alta três semanas depois. Foi a sexta e mais longa cirurgia do tipo desde a facada que levou na barriga durante a campanha eleitoral de 2018, em Juiz de Fora (MG).

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