Exército brasileiro mostra capacidade de defesa biológica e segurança em processo de repatriação

Na madrugada deste domingo (9), o exército brasileiro trouxe de volta os 34 civis repatriados de Wuhan, na China. Eles já estão na Base Aérea de Anápolis, em Goiás. A partir de agora, os militares que atuam na Operação Regresso à Pátria Amada, vão continuar os procedimentos da operação, com a descontaminação de aeronaves e viaturas pelas quais passaram os civis trazidos da cidade que é o epicentro da infecção.

Além disso, no total, 50 homens da Companhia de Defesa Química Radiológica e Nuclear (DQBRN) trabalham na  missão. “Vamos utilizar equipamentos para descontaminação de ambientes internos do avião e, posteriormente, os compartimentos de carga, onde ficaram alojadas as bagagens dos repatriados. Temos capacidade, pessoal treinado e preparado para garantir a segurança biológica em situações como essas”, afirma o comandante da Companhia de DQBRN, em Goiânia, Capitão Thiago Costa.

Um hospital de Campanha foi montado dentro da Base Aérea de Anápolis para fornecer toda a estrutura que os civis regressos possam precisar. Os 34 repatriados, mais 14 profissionais da saúde, oito tripulantes e dois jornalistas que estiveram no voo, agora ficarão em observação, uma ação preventiva para aumentar a segurança de todos os envolvidos.

Essa não é a primeira vez que o Exército Brasileiro realiza a descontaminação de aeronaves. Em 2014 e 2015, o 1° Batalhão de Defesa Química, Biológica, Radiológica e Nuclear realizou a verificação e descontaminação de aviões FAB que fizeram o transporte de pacientes com suspeita de contaminação pelo vírus Ebola. Todo o trabalho foi realizado utilizando ferramentas de última geração que esterilizaram até os equipamentos mais sensíveis da aeronave, garantindo a segurança de todos os envolvidos no transporte.