Exército de Israel realiza ataques noturnos contra o Líbano em retaliação a bombardeio fatal
Foguete lançado do país vizinho matou pelo menos 12 israelenses
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O Exército israelense anunciou, na madrugada deste domingo (28), ataques aéreos contra o Líbano, após um foguete lançado do país vizinho ter matado pelo menos 12 pessoas, em sua maioria crianças e jovens, na cidade de Majdal Shams, nas Colinas de Golã, controladas por Israel. As autoridades israelenses responsabilizaram o Hezbollah pelo ataque, acusando o grupo de ter ultrapassado "todas as linhas vermelhas". O Hezbollah nega envolvimento no bombardeio.**
Os ataques israelenses foram direcionados a alvos no Líbano, principalmente perto da fronteira e ao redor do porto de Tiro, no sul. Também foram relatados bombardeios no Vale do Bekaa, uma área que Israel tem atacado com menos frequência desde fevereiro. Embora inicialmente não representem uma grande escalada, há receios de que a situação possa evoluir para um conflito mais amplo.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, que estava nos Estados Unidos, encurtou sua viagem e anunciou seu retorno ao país. Seu gabinete informou que uma reunião de ministros seniores do governo seria convocada imediatamente após sua chegada para discutir a resposta de Israel, indicando que uma retaliação mais significativa poderia estar a caminho.
"O Hezbollah pagará um preço alto que não pagou até agora", declarou o gabinete de Netanyahu durante a noite.
Outras autoridades israelenses também se manifestaram. O chefe do Estado-Maior, general Herzi Halevi, afirmou saber "exatamente de onde o foguete foi lançado", responsabilizando o Hezbollah. "Quem lança tal foguete em uma área construída quer matar civis, quer matar crianças", disse Halevi.
O ministro das Relações Exteriores, Israel Katz, reforçou a gravidade do ataque, afirmando que "o massacre de sábado significa que o Hezbollah cruzou todas as linhas vermelhas" e caracterizando o grupo como uma "organização terrorista que dispara deliberadamente contra civis".