Exército diz a TCU que prótese peniana mais cara foi por "melhor ereção"
Segundo colunista, os militares alegaram que as próteses fariam o paciente ter que “dobrar o pênis para vestir uma roupa”
Foto: Divulgação
Após o Tribunal de Contas da União (TCU) abrir investigação para apurar a compra de R$ 3,5 milhões em próteses penianas pelo Exército Brasileiro, dois hospitais das Força Armadas informaram ao órgão que a aquisição foi porque as próteses são mais parecidas com a “ereção fisiológica”. As informações são do colunista Guilherme Amado.
De acordo com os militares, as próteses maleáveis, 33 vezes mais baratas e autorizadas pelo SUS, fariam o paciente ter que “dobrar o pênis para vestir uma roupa”.
A investigação, relatada pelo ministro Vital do Rêgo, foi solicitada no mês passado pelo deputado Elias Vaz, do PSB de Goiás, e o senador Jorge Kajuru, do Podemos do mesmo estado.
O Ministério da Defesa comprou pelo menos 170 próteses maleáveis por R$ 267,5 mil, e 60 infláveis, por R$ 3,5 milhões, nos últimos dois anos.
A prótese maleável, autorizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e pela Agência Nacional de Saúde (ANS), custa 3% do que foi desembolsado pelos militares. Segundo os hospitais militares, as próteses maleáveis custaram de R$ 1.535 a R$ 1.700, ao passo que as infláveis vão de R$ 50.150 a R$ 60.717.