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Exército diz que sua atuação é pautada por 'respeito à legalidade e transparência' após delação de Cid

Corporação disse ainda que não comenta investigações em andamento

Por Da Redação
Ás

Exército diz que sua atuação é pautada por 'respeito à legalidade e transparência' após delação de Cid

Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

O Exército Brasileiro reafirmou, na quinta-feira (21), o seu compromisso com a sociedade brasileira. Em nota enviada à imprensa, a Força disse que “pauta sua atuação pelo respeito à legalidade, por lisura e transparência”. As declarações chegam logo após informações darem conta de uma possível delação de Mauro Cid. Na ocasião, o ex-ajudante de Bolsonaro teria citado uma reunião realizada entre o ex-presidente e a cúpula das Forças Armadas para discutir uma possível tentativa de golpe de estado.  

O Exército, no entanto, manteve uma postura defensiva e não deu maiores declarações sobre a polêmica envolvendo o encontro realizado no ano passado. A nota apenas disse que “não se manifesta sobre processos apuratórios em curso, pois esse é o procedimento que tem pautado a relação de respeito do Exército Brasileiro com as demais Instituições da República". Por fim, disse ainda que está "acompanhando as diligências realizadas por determinação da Justiça e colaborando com todas as investigações".

A Marinha do Brasil também se pronunciou sobre o ocorrido. Em nota, ela informou que não teve acesso ao conteúdo da delação, mas disse que atos e opiniões individuais não representam o posicionamento da corporação. "Consciente de sua missão constitucional e de seu compromisso com a sociedade brasileira, a Marinha Brasileira, instituição nacional, permanente e regular, reafirma que pauta sua conduta pela fiel observância da legislação, valores éticos e transparência", diz o órgão.

Delação premiada

Em sua delação premiada, o tenente-coronel e ex-ajudante de Bolsonaro, Mauro Cid, afirmou que Bolsonaro chegou a se reunir com a cúpula das Forças Armadas e ministros da ala militar de seu governo para debater a possibilidade de uma intervenção militar no Brasil. As informações foram divulgadas na quinta-feira (21), pela colunista do GLOBO, Bela Megale.

Ainda segundo a coluna, o então comandante da Marinha, almirante Almir Garnier, manifestou-se favorável ao plano de golpe durante as conversas de bastidores. A ideia, no entanto, não foi aderida pelo Alto Comando das Forças Armadas.

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou que ele jamais compactuou com ações “sem respaldo em lei”. “Durante todo o seu governo, [Bolsonaro] jamais compactuou com qualquer movimento ou projeto que não tivesse respaldo em lei, ou seja, sempre jogou dentro das quatro linhas da Constituição Federal”, diz o texto.

A defesa disse ainda que o ex-presidente vai tomar as medidas cabíveis contra possíveis calúnias na delação de Cid, que era um dos homens mais próximos a ele durante o seu governo.

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