Expansão do Bolsa Família para mais pobres corre risco de falta de dinheiro

O plano de reformulação do programa governamental Bolsa Família, já entregue ao presidente Jair Bolsonaro, prevê um aumento focado em famílias que se encontram em situação de extrema pobreza.

Apesar do direcionamento a um grupo mais necessitado, o projeto não agrada a equipe econômica, que defende uma versão ainda mais modesta para as mudanças no programa social.

O Bolsa Família, que atende pessoas mais pobres, com renda per capita de até R$ 89 agora irá priorizar uma camada com renda mais baixa, que representa dois terços dos 13 milhões de famílias inclusas no programa. 

Mas com a resistência da equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes, o projeto deve ser desidratado. O núcleo do governo considera que a ampliação mínima deveria ser de R$ 10 bilhões, uma vez que, para 2020, estão previstos menos recursos para o programa do que em 2019.

Apesar do valor valor definido pela equipe econômica ser bem abaixo o que deseja o entorno político de Bolsonaro, a proposta da ala política conclui, além do aumento do benefício para os mais pobres, um bônus para as famílias cujos filhos tenham bom desempenho escolar. 

Porém, o formato final da reformulação do programa depende de quanto o governo irá disponibilizar de recursos para aumentar o orçamento do Bolsa Família, que também deve mudar de nome.