Explosão em SP: homem armazenava fogos em imóvel

Alessandro de Oliveira, titular do documento de locação do imóvel onde ocorreu explosão em São Paulo teria descoberto apenas há alguns dias que o irmão Adir de Oliveira estava morando no local. Os dois não se falavam há 7 anos.

A explosão ocorreu na noite desta quinta (13) e as informações são da advogada de Alessandro, divulgadas pelo Metrópoles. A defesa explicou que a casa foi alugada por ele 9 anos atrás, quando era casado e morou durante 4 anos com sua esposa e filhas. Sua ex esposa se mudou do local há cerca de 3 meses.

A família não sabe como o imóvel foi passado para Adir, nem há quanto tempo ele estava morando lá. Alessandro também não sabia que ao deixar a casa, a ex-esposa não havia rescindido o contrato de locação. Quando descobriu, chegou a procurar uma irmã para ajudar a regularizar a situação. 

A defesa de Alessandro afirmou que ao saber da explosão, ele se dirigiu ao local, se identificou como locatário e irmão do homem que estava morando lá. Ele foi à delegacia, onde prestou depoimento como testemunha. Ainda de acordo com a advogada, a família também não sabia que Adir armazenava fogos de artifício de forma irregular. 

Investigações conduzidas pela Polícia Civil apontam que Adir de Oliveira, de 46 anos, seria a vítima que não sobreviveu à explosão. O delegado Felipe Soares explicou em coletiva de imprensa que o corpo encontrado provavelmente é de Adir, já que ele estava sozinho no imóvel. 

Para confirmar a identidade da vítima ainda é necessário aguardar os exames do Instituto Médico Legal (IML). Segundo o delegado, familiares não conseguem localizar Adir desde quinta, o que aumenta as suspeitas de que ele seja a vítima. Ele morava no imóvel há cerca de 40 dias. O corpo do homem que não sobreviveu à explosão foi encontrado carbonizado. 

Adir possuía passagem pela polícia em 2011 e 2012 por soltar balões, mas foi absolvido em 2015. Nas redes sociais, o suspeito havia feito postagens sobre balões. 

Além de atingir imóveis ao redor, a explosão derrubou estruturas metálicas e danificou carros estacionados na região. Além do homem que morreu, pelo menos 10 pessoas ficaram feridas.

A Defesa Civil de São Paulo liberou 12 residências que estavam interditadas após a explosão. Depois da nova avaliação, 11 outros imóveis permanecem interditados, 10 de forma total, e outro parcial. A atualização foi feita após nova vistoria da Defesa Civil para analisar os danos às estruturas. Na manhã desta sexta (14), antes da vistoria, ao menos 23 casas estavam interditadas.

A Prefeitura de São Paulo informou que prestará auxílio emergencial para cinco famílias de baixa renda que precisaram deixar suas moradias, em parcela de R$ 1000.

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