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Bahia

Exposição de Lina Boa Bardi é aberta nesta sexta-feira (21) no MAM-BA

O acesso é gratuito e estará aberta de terça-feira a domingo, sempre das 13h às 17h

Por Da Redação
Ás

Exposição de Lina Boa Bardi é aberta nesta sexta-feira (21) no MAM-BA

Foto: Geraldo Moniz /divulgação

A exposição Reminiscências Museu de Arte Popular será aberta nesta sexta-feira (21), às 17h, no Museu de Arte Moderno (MAM – Bahia).  As quase mil peças integram o acervo pessoal de Lina Boa Bardi’ no seu local de origem, o Solar do Unhão. A exposição tem acesso gratuito e estará aberta de terça-feira a domingo, sempre das 13h às 17h.

Formada por objetos de arte popular nordestina coletados desde o final da década de 1950 e início dos anos 1960, a mostra apresenta carrancas da proa de barcaças do Rio São Francisco, ex-votos, imaginária, esculturas em cerâmica representando animais e figuras humanas, fifós/candeeiros, panelas, potes de barro, brinquedos, utensílios domésticos e objetos de uso diário criados a partir de materiais recicláveis. 

A coleção tem o nome em homenagem à arquiteta e designer ítalo-brasileira, também primeira diretora do MAM (1959-1964), Lina Bo Bardi (1914–1992), pois foi ela quem deu continuidade ao acervo de arte popular iniciado pelo cenógrafo e diretor de teatro pernambucano, Martim Gonçalves (1919–1973) que implantava a pioneira Escola de Teatro da UFBA. A partir da amizade e afinidade entre os dois foram viabilizadas duas mostras com essas peças: Exposição Bahia de Arte Popular Nordestina na 5ª Bienal Internacional de São Paulo (1959); e a exposição 'Nordeste' no Solar do Unhão (1963).

Lina Bo Bardi também concebeu e coordenou as obras de restauro do complexo arquitetônico-histórico do Solar do Unhão, originário do século XVII e tombado como Patrimônio do Brasil em 1943. Desde o início, Lina planejou criar dois museus no Unhão: o de Arte Popular e o de Arte Moderna, incluindo um Centro de Estudos e Trabalhos Artesanais como uma escola produtiva de arte e design que unia o saber popular ao acadêmico. Impedida e pressionada pelo Golpe Militar em 1964, Lina foi obrigada a abandonar as suas ideias inovadoras e à frente do seu tempo.
 

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