Fabricante da Sputnik V diz que intervalo entre doses pode ser estendido por três meses
Anvisa analisará pedido de importação da vacina nesta segunda-feira (26)
Foto: Reprodução/Money Times
O Centro de Pesquisa Gamaleya, que desenvolveu a vacina contra a Covid-19 Sputnik V, informou nesta segunda-feira (26) que o intervalo entre a primeira e segunda doses do imunizante pode ser estendido para até três meses. A recomendação anterior era de 21 dias entre cada injeção.
Segundo Alexander Gintsburg, diretor do Centro de Pesquisa Gamaleya, a conclusão tem como base a experiência do centro de pesquisa no uso da vacinas que usam a plataforma de adenovírus idêntica a utilizada pela Sputnik V, e de "campanhas de vacinação em massa bem-sucedidas na Rússia e em vários outros países".
"Acreditamos que seja possível aumentar o intervalo mínimo entre a primeira e a segunda injeção da vacina dos 21 dias anteriormente aprovados para até três meses. Estender o intervalo não afetará a resposta imune induzida da vacina e, em alguns casos, irá intensificá-la e prolongá-la", afirmou Gintsburg, em comunicado.
No Brasil, a Sputnik V ainda não recebeu autorização para uso. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) realiza nesta segunda-feira (26) uma reunião para avaliar os pedidos de estados e municípios para importação do imunizante. O Ministério da Saúde fechou acordo para o fornecimento de 10 milhões de doses da Sputnik V, enquanto o Consórcio Nordeste, que reúne governadores da região, anunciou parceria para receber 37 milhões de doses.