Facções brasileiras adotam troca de cocaína por ecstasy para driblar rastreamento, diz relatório
Modelo, conhecido como barter deal, dispensa dinheiro

Foto: Reprodução/Pixabay
Um relatório do Serviço Europeu de Polícia (Europol) e da Agência da União Europeia para as Drogas (EUDA) revela que duas das principais facções criminosas do Brasil adotaram uma nova estratégia no narcotráfico internacional: a troca direta de cocaína por ecstasy (MDMA). A informação é do portal Metrópoles.
O modelo, conhecido como barter deal, preocupa autoridades por dispensar dinheiro e dificultar o rastreamento das operações. O ecstasy, produzido principalmente na Bélgica e nos Países Baixos, é trocado por cocaína brasileira e colombiana na proporção de até 1 kg de MDMA para 3 kg de cocaína.
O relatório aponta que, além de rota de saída de cocaína, o Brasil agora se torna um ponto de entrada de drogas sintéticas. Um grupo criminoso, por exemplo, distribui essas substâncias no mercado interno e em países vizinhos como Argentina, Uruguai e Chile, utilizando redes logísticas, contêineres, voos comerciais e até os Correios para movimentação.