Facebook e Instagram removeram mais de 600 mil posts por violência e discurso de ódio antes do 1º turno
Informações falsas sobre voto, urnas eletrônicas e ofensas contra nordestinos foram restringidas pelas plataformas
Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
De acordo com a Meta, empresa que controla as plataformas Facebook e Instagram, mais de 600 mil publicações foram excluídas destas redes sociais por violência ou discurso de ódio, antes do primeiro turno das eleições brasileiras.
Entre as postagens removidas, 310 mil pediam que as pessoas comparecessem ao local de votação portando arma de fogo, o que foi proibido pelo Tribunal Superior Eleitoral. Entre as demais 290 mil postagens que descumpriram as políticas das plataformas por discurso de ódio foram identificadas ofensas direcionadas à população do Nordeste.
A Meta também informou que excluiu publicações em que datas e horários incorretos da eleição ou números incorretos dos candidatos eram disseminados. Nesses casos, os conteúdos violaram as políticas das plataformas sobre interferência eleitoral. Além disso, o Facebook anunciou que, na véspera do primeiro turno, reduziu o alcance das postagens que compartilhavam informações falsas sobre as urnas eletrônicas, como a ideia de que as urnas tinham votos pré-registrados.
Para auxiliar no combate às fake news e discursos violentos nas redes, a companhia anunciou ter realizado mais de 4,7 milhões de atendimentos pelo Tira-Dúvidas do TSE no WhatsApp entre 1º de abril e 2 de outubro, além de ter criado um canal de comunicação direta com o TSE para receber denúncias. A empresa também ampliou de quatro para seis parceiros no programa de verificação de fatos no Brasil e ativou o Centro de Operações para Eleições, em que diversos times trabalham para acelerar tempo de resposta para potenciais ameaças.