• Home/
  • Notícias/
  • Brasil/
  • Falha em equipamento de usina de energia causa apagão nacional, revela diretor do ONS
Brasil

Falha em equipamento de usina de energia causa apagão nacional, revela diretor do ONS

Falha que afetou 27% do consumo nacional

Por Da Redação
Ás

Falha em equipamento de usina de energia causa apagão nacional, revela diretor do ONS

Foto: Lula Marques/Agência Brasil

O apagão nacional ocorreu devido a uma falha crítica no sistema de energia elétrica, segundo o diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Luiz Carlos Ciocchi. A confirmação ocorreu nesta terça-feira (29).

Segundo Ciocchi, o problema teve origem no atraso no tempo de resposta de um equipamento vital em uma usina de energia. A peça em questão é um regulador de tensão, cuja função é manter a estabilidade do fornecimento de energia elétrica. Este regulador deveria reagir em um intervalo de tempo entre 15 e 20 milissegundos, porém, nesse incidente, o tempo de resposta foi significativamente maior, variando entre 50 e 100 milissegundos.

"A grande pista que foi discutida com técnicos, engenheiros e professores do setor é que aí está a causa de uma série de outros pequenos eventos que levaram à desconexão", declarou em audiência na Câmara dos Deputados.

A amplitude do impacto foi considerável, afetando as 26 unidades federativas que compõem o sistema interligado. Uma exceção foi Roraima, que permanece fora do Sistema Interligado Nacional e, portanto, não foi afetada pela interrupção elétrica.

O apagão trouxe à tona a complexidade do sistema elétrico do país. No próprio dia da ocorrência, o ONS havia anunciado que o desligamento que atingiu as regiões Sudeste e Sul foi uma "ação controlada", uma medida deliberada em resposta a uma falha identificada na região Nordeste. Isso significou que o sistema foi desconectado preventivamente para evitar a propagação de problemas e possíveis danos por sobrecarga.

A desconexão elétrica resultou em uma divisão nítida entre as regiões Norte e Nordeste do Brasil, em contraste com as regiões Sul e Sudeste. O impacto foi expressivo, com uma perda estimada de pelo menos 16 mil megawatts (MW) de energia durante o apagão.

Após o apagão, o país foi dividido estrategicamente em três regiões a fim de prevenir um potencial "efeito dominó" no sistema de transmissão de energia. A desconexão das regiões teve como objetivo conter a propagação de instabilidades. Como resposta à falha inicial, medidas emergenciais foram aplicadas, incluindo o desligamento controlado do consumo para restaurar o equilíbrio no fornecimento. O Nordeste, uma das regiões exportadoras de energia, ficou isolado durante o processo.

A interrupção resultou em uma perda significativa de cerca de 16 mil megawatts (MW) de energia, o que corresponde a 27% do consumo total de energia do país naquele momento.

Esse incidente desencadeou uma série de investigações com o intuito de compreender as causas e as implicações do apagão. Logo no dia do ocorrido, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, mobilizou recursos governamentais para apurar o incidente. A Agência Brasileira de Inteligência (Abin), o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e o Ministério da Justiça foram acionados para colaborar na investigação.

O ministro Silveira afirmou nesta terça-feira (29),destacou que a decisão de envolver essas instituições ocorreu após o ONS informar que, inicialmente, não havia evidências claras que apontassem para uma questão técnica como causa da falha. O esforço conjunto das instituições visa esclarecer as circunstâncias que levaram ao apagão e implementar medidas que evitem a repetição de incidentes semelhantes no futuro.

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie:[email protected]

Faça seu comentário