"Falta de políticas públicas": ACM Neto diz que Centro Histórico de Salvador estava abandonado
Ex-prefeito participou da entrega da Casa das História de Salvador e Arquivo Público nesta segunda-feira (29)
Foto: Farol da Bahia
Durante a entrega da Casa das História de Salvador e Arquivo Público, nesta segunda-feira (29), o ex-prefeito de Salvador ACM Neto comparou Brasil à Tailândia e criticou “abandono” de prédios do Centro Histórico na capital baiana quando assumiu a gestão municipal em 2013.
“Imaginem a que ponto nós chegamos, isso para não falar de todo esse conjunto, seja da cidade baixa, da cidade alta, do nosso frontispício, aqui no comércio, do Pelourinho, do Santo Antônio Além do Carmo, de todo o nosso centro histórico, o abandono do centro histórico de Salvador era também o reflexo da falta de políticas públicas que valorizassem o nosso patrimônio imaterial, a nossa cultura, a nossa memória, o que nos diferencia como cidade, como gente, o que faz Salvador um dos destinos mais importantes do mundo”, disse.
O atual presidente do União Brasil falou ainda da necessidade de impulsionar a cultura de Salvador, aumentar o número de visitantes, e aquecer a economia local e a geração de empregos.
“Não pode admitir que um país como a Tailândia tenha quase 50 milhões de visitantes todo ano, e o Brasil tenha menos de 6 milhões de visitantes todo ano. Porque quando a gente pensa em cultura e em história, nós estamos pensando em geração de emprego, em desenvolvimento econômico, em oportunidade para as pessoas mais pobres, porque isso tudo envolve uma cadeia de inclusão econômica e de inclusão social. Isso tudo envolve oportunidade para quem muitas vezes não encontra um caminho de sustentar sua família, mas que o turismo e a cultura são essa porta aberta para que essa pessoa possa vencer na vida”, afirmou.
A Casa das História de Salvador e Arquivo Público é o primeiro centro de interpretação do patrimônio da capital baiana. O acervo apresenta uma narrativa sobre os quase cinco séculos de Salvador, utilizando conteúdos digitais e um acervo físico que incluem saberes e fazeres das pessoas comuns, normalmente não abordados pela história oficial da cidade, com foco na contribuição negra e indígena para a formação da primeira capital do país.
Participaram da inauguração o prefeito Bruno Reis (União), secretário de Cultura e Turismo, Pedro Tourinho, e outras autoridades e gestores municipais.