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"Faltou com a verdade", diz Maia sobre o depoimento do coronel Jean Lawand na CPI

Militar foi convocado a depor após a descoberta de mensagens trocadas entre ele e o Mauro Cid

Por Da Redação
Ás

"Faltou com a verdade", diz Maia sobre o depoimento do coronel Jean Lawand na CPI

Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

O presidente da CPI dos atos do dia 8 de janeiro, Arthur Maia (União-BA), afirmou que o coronel Jean Lawand Júnior mentiu durante o depoimento à comissão. O militar foi convocado a depor após a descoberta de mensagens trocadas entre ele e o ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid. Essas mensagens foram encontradas no celular de Cid, que estava sendo investigado pela Polícia Federal por suposta fraude no cartão de vacinas de Bolsonaro.

Nas conversas, Lawand mencionava uma mobilização para impedir a posse do presidente Lula. No entanto, durante a CPI, ele alegou que em nenhum momento falou em golpe de Estado e afirmou que as mensagens buscavam uma manifestação de Bolsonaro para "apaziguar" o país.

"Essa foi a reunião mais difícil como presidente desta CPMI. Internamente, acredito que o senhor faltou com a verdade. Foi um sentimento que tive", declarou Maia.

A opinião de Maia foi compartilhada pela maioria dos parlamentares presentes na audiência. Lawand foi acusado tanto por governistas quanto por parlamentares da oposição de estar mentindo em seu depoimento.

O senador Marco Rogério (PL-RO), aliado de Bolsonaro, afirmou que o coronel "não convence ninguém" e que sua narrativa não se sustenta. Já o senador do PT, Rogério Correia (MG), declarou que "a mentira tem perna curta".

"Confesso que achei a história inverossímil, mas não posso afirmar que ele mentiu. Sou legalista", reforçou o presidente da CPI ao término da reunião.

Durante o depoimento, o coronel do Exército Jean Lawand Júnior admitiu que foi "infeliz" em algumas das mensagens enviadas.

Em um trecho dos diálogos, datado de 10 de dezembro, o militar escreveu: "Cid pelo amor de Deus, o homem tem que dar a ordem. Se a cúpula do EB não está com ele, de Divisão pra baixo está".

À CPI, Lawand tentou explicar a mensagem, alegando que foi uma conversa com um amigo e que não tinha motivação para um golpe.

"Aquela colocação minha foi muito infeliz. Sou apenas um coronel conversando em um grupo de WhatsApp com um amigo. Não havia comando, não havia condições, não havia motivação para qualquer tipo de golpe. Fui infeliz e me arrependo", afirmou Lawand à CPI.

O militar também explicou aos parlamentares que, ao enviar as mensagens a Cid propondo ação por parte de Bolsonaro, buscava evitar "convulsão social".

"A sociedade brasileira estava dividida em opiniões sobre o que aconteceria, como seria o pleito. Ao ver aquelas pessoas e a insegurança que isso gerava, poderia haver convulsão social, revolta e problemas na segurança. Foi isso que eu disse", explicou.

"As pessoas estavam tentando entender como aquilo terminaria. Desde a primeira mensagem com o tenente-coronel Cid, minha ideia foi que houvesse alguma manifestação para apaziguar a situação e as pessoas voltarem para casa", acrescentou Lawand.

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