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Famílias de vítimas do voo da Voepass rejeitam velório coletivo em Cascavel (PR)

No total, 27 passageiros moravam na região

Por FolhaPress
Ás

Famílias de vítimas do voo da Voepass rejeitam velório coletivo em Cascavel (PR)

Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

Ao menos 18 famílias de vítimas do acidente com o voo da Voepass que vivem na cidade de Cascavel (PR) e arredores recusaram a proposta da prefeitura de realizar um velório coletivo no centro de eventos municipal. No total, 27 passageiros moravam na região.

A gestão do prefeito Leonaldo Paranhos (Podemos) começou os preparativos do local nesta segunda-feira (12), quando foram instalados tecidos pretos para organizar espaços reservados aos parentes, e transportados vasos de plantas e móveis para apoiar os caixões.

A Secretaria de Assistência Social está em contato com os familiares e afirmou que 11 deles decidiram velar suas vítimas em locais privados. Quatro velórios serão realizados em cidades próximas, dois em Guaíra e dois em Toledo.

Outros corpos serão transportados para as cidades de Três Barras (PR) e Fernandópolis (SP). O piloto Danilo Romano foi enterrado nesta segunda na zona leste de São Paulo, onde morava.

Ainda falta a definição de três vítimas cujas famílias não foram contatadas pela gestão municipal.

FAMÍLIAS DE VÍTIMAS PLANEJAM AÇÃO COLETIVA

Famílias de vítimas do voo 2283 da Voepass planejam, juntas, processar a companhia. Isso deve ocorrer após a conclusão do relatório do Cenipa.

Advogados e parentes das vítimas discutem como embasar a tese de que a empresa teria sido negligente na manutenção da aeronave envolvida na tragédia. Eles citam, por exemplo, relatos de usuários sobre problemas técnicos em viagens no mesmo avião, como ar-condicionado desligado, além de relatos de ex-funcionários da companhia que teriam denunciado problemas na aeronave.

Nada disso foi provado por ora. Segundo a Anac, a aeronave ATR-72 envolvida no acidente em Vinhedo (SP) estava em condições regulares e com certificados válidos.

A Secretaria Nacional do Consumidor, vinculada ao Ministério da Justiça, deu prazo de 48 horas para a Voepass prestar informações sobre as condição de seus aviões, contado a partir da noite desta segunda. Foram exigidos modelos, anos de fabricação e periodicidade de revisões.

Segundo o órgão, desde o acidente "vieram à tona diversas reclamações envolvendo a companhia, desde bagagens danificadas e cancelamentos de voos sem reembolso, até problemas graves como as condições terríveis em que se encontram suas aeronaves".
Também foram solicitados à companhia esclarecimentos sobre o atendimento às famílias das vítimas.

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