FAO lança relatório sobre emissões de metano em sistemas de pecuária e arroz
Documento destaca estratégias para medir e mitigar as emissões de metano além importância da agricultura
Foto: Unsplash/Donald Giannatti
As emissões de metano estão se tornando cada vez mais um fator preponderante na crise climática global. Com o objetivo de promover a conscientização sobre as ações possíveis, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) lançou um relatório nesta semana, intitulado "Emissões de Metano em Sistemas de Pecuária e Arroz". O documento delineia estratégias para a medição e mitigação dos impactos adversos dessas emissões no sistema climático.
O metano é responsável por aproximadamente 20% das emissões globais de gases de efeito estufa e é pelo menos 25 vezes mais eficaz que o dióxido de carbono na retenção de calor na atmosfera.
Maria Helena Semedo, diretora-geral adjunta da FAO, destacou que os países que se comprometem a reduzir as emissões de metano estão contribuindo para a criação de "sistemas agroalimentares mais eficientes, inclusivos, resilientes, de baixas emissões e sustentáveis".
O relatório tem como objetivo alinhar os sistemas agroalimentares com a Promessa Global de Metano, uma iniciativa apoiada por mais de 150 países, com foco na redução das emissões de metano em 30% até 2030 em relação aos níveis de 2020. Isso poderia evitar um aumento médio de temperatura global de mais de 0,2°C até 2050.
Além dos sistemas agroalimentares, outras atividades humanas que contribuem para as emissões de metano incluem aterros sanitários, sistemas de petróleo e gás natural e mineração de carvão, entre outras.
O relatório também destaca a importância dos solos como sumidouros de metano. A pesquisa apresentada indica que os solos florestais em regiões montanhosas são particularmente eficazes nesse papel, especialmente nos biomas temperados, onde as taxas de armazenamento de metano são quatro vezes maiores do que as observadas em terras agrícolas.