Faroeste: Desembargadora presa foi homenageada na AL-BA com a maior honraria do estado
Lígia Maria Ramos Cunha Lima foi alvo de um mandado de prisão temporária
Foto: Reprodução/TJ-BA
A desembargadora do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), Lígia Maria Ramos Cunha Lima, alvo de um mandado de prisão temporária em nova fase da Operação Faroeste, já foi homenageada na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) com a comenda Dois de Julho, maior honraria do estado. Na ocasião, a magistrada comemorou a honraria e afirmou se sentir “agraciada por ser reconhecida pelo esforço e dedicação à magistratura durante décadas”.
A homenagem foi proposta pelo deputado estadual Sandro Régis (DEM) e ocorreu em 22 de fevereiro de 2018. A prisão foi realizada na manhã desta segunda (14), durante Operação Faroeste. A Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão expedidos pelo ministro Og Fernandes, do Superior Tribunal de Justiça (STJ). A ação foi realizada em Salvador, Barreiras, Catu e Uibaí, além do Distrito Federal, em Brasília. Além de Lígia, a desembargadora Ilona Márcia Reis também foi alvo de um mandado de prisão.
Na decisão, o ministro Og Fernandes afirmou que "o conjunto probatório colacionado aos autos revela a suposta existência de uma engrenagem judicial criminosa no seio do Tribunal de Justiça baiano, que possui a venda de decisões como mercadoria para o enriquecimento ilícito em escala geométrica".
Operação
Antes da operação desta segunda (14), a quinta fase da Operação Faroeste ocorreu no dia 24 de março. Na ocasião, a Polícia Federal cumpriu 11 mandados expedidos, três deles de prisão temporária e outros oito de busca e apreensão. A primeira fase da operação ocorreu em 19 de novembro de 2019, com a prisão de quatro advogados, o cumprimento de 40 mandados de busca e apreensão e o afastamento dos seis magistrados.