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Bahia

Faroeste: Desembargadora presa por suspeita venda de sentenças é transferida para presídio no DF

Lígia Cunha é investigada em inquérito que apura venda de sentenças para legalização de terras na Bahia

Por Da Redação
Ás

Faroeste: Desembargadora presa por suspeita venda de sentenças é transferida para presídio no DF

Foto: Reprodução/TV Bahia

A desembargadora do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), Lígia Ramos Cunha, foi transferida para um presídio no Distrito Federal nesta segunda-feira (21), no âmbito da Operação Faroeste, que apura a venda de sentenças para legalização de terras no oeste baiano. Ela teve a prisão temporária, com prazo de cinco dias, convertida para preventiva na manhã do último domingo (20), e teve que voltar para a cadeia. Com a prisão preventiva, ela deve ficar detida pelo tempo máximo de 180 dias.

Segundo informações da defesa da desembargadora, ela está detida em um batalhão anexo da Polícia Militar, em uma sala de estado maior, que é uma prisão para autoridades. Contudo, até o momento, não foi revelada em qual unidade prisional ela está. 

A magistrada, que é investigada pela Operação Faroeste, havia sido presa temporariamente na segunda-feira (14). No dia seguinte, na terça (15), Lígia Cunha teve a prisão domiciliar concedida porque tinha passado por uma cirurgia. No entanto, no domingo (20), o Superior Tribunal de Justiça (STJ) acatou o pedido do Ministério Público Federal (MPF) para que ela fosse levada a um presídio.

De acordo com informações divulgadas pelo MPF, o mesmo pedido de prisão preventiva foi feito em relação à desembargadora Ilona Reis. Para justificar os pedidos, o MPF descreveu o esquema criminoso, apresentou provas da participação das duas desembargadoras e alegou risco de ocultação ou destruição de provas que incriminem as magistradas.

Na ação, o MPF divulgou ainda que Lígia Cunha teria intimidado uma servidora do TJ-BA e teria obrigado a apagar informações sobre processos da máquina de outro servidor do tribunal para que não a comprometesse. Também são citadas movimentações financeiras suspeitas nas contas de Ilona Reis, sendo algumas delas, totalizando R$ 122 mil em 4 de outubro de 2019, quando, segundo as investigações, a desembargadora teria recebido R$ 250 mil para atuar em um processo cuja decisão foi escrita por outro integrante da organização criminosa.
 

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