Faroeste: Joalheiro diz que "aquela transferência" era empréstimo pessoal para Ediene
Joalheiro foi citado em mensagens obtidas pela PF
Foto: Reprodução
O joalheiro Carlos Rodeiro, investigado na Operação Faroeste, esclareceu, através de nota enviada por sua assessoria de comunicação, a troca de mensagens com a ex-procuradora geral do Ministério Público da Bahia, Ediene Lousado.
Nas mensagens, Ediene se refere a “aquela transferência”. De acordo com o empresário, Ediene é uma “amiga” e o assunto foi relacionado a um empréstimo.
Nas mensagens enviadas por meio do Whatsapp em 9 de junho de 2019, o empresário pergunta, em tom de intimidade, como foi a viagem da promotora.
Ediene, “responde que foi ótima e que Raquel [referindo-se à ex-procuradora geral da República, Raquel Dodge] amou o presente”, finalizando a conversa com o envio de uma foto em que as duas aparecem usando colares semelhantes.
Dias depois, em 17 de junho, segundo denúncia do MPF, Ediene enviou uma mensagem a Carlos Rodeiro, perguntando se “aquela transferência vai dar certo hoje”, obtendo como resposta que ele mesmo faria a transação. A ex-chefe do MP-BA ainda disse ao amigo que “está contando com sua ajuda e que iria lhe reembolsar em breve”.
“A troca de mensagens com a Srª Ediene Lousado, com quem Carlos Rodeiro tem um amizade pessoal de muito tempo, se referiu a um empréstimo legal entre pessoas físicas, em um momento em que a sua amiga passava por dificuldades financeiras, pois estava com o seu pai adoecido, em homecare, e precisava liquidar dívidas. O depósito saiu da conta particular do empresário e joalheiro, de forma totalmente lícita e declarada no seu Imposto de Renda. Rodeiro tem amigos que exercem diversas atividades econômicas e jamais deixaria de ajudar quem quer que fosse em uma situação de necessidade”, diz o comunicado.