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Febre lunar está de volta 50 anos após Apolo 11

Expectativa é retornar ao satelite em 2024

Por Da Redação
Ás

Febre lunar está de volta 50 anos após Apolo 11

Foto: Reprodução | Depositphotos

Cinquenta anos após o homem ter dado o primeiro passo no único satélite natural da Terra, a Lua, o interesse da comunidade espacial dos Estados Unidos e a China se voltaram para ela. A expectativa é que humanos sejam enviados para lá em 2024. "A Lua é o único destino planetário que podemos ver com nossos olhos, sem que seja apenas um ponto brilhante", ressalta David Parker, diretor de exploração da Agência Espacial Europeia (ESA). Ele se refere a lua como um "oitavo continente da Terra", apesar de ninguém ter pisado em seu solo desde 1972. 

"Em parte pelos avanços tecnológicos, que permitem considerar missões muito mais baratas do que no passado, incentivando vários atores a trabalhar em projetos", explica Jean-Yves Le Gall, chefe da agência espacial francesa CNES sobre a razão dos novos interesses pela Lua. "Países com a ambição de enviar missões tripuladas, principalmente a China e os Estados Unidos, que dizem 'se os chineses forem lá, devemos ir também'". afirma Jean. 

Em 2017, o presidente Donald Trump assinou uma diretriz solicitando que a Nasa prepara o retorno do homem na Lua. "Para Donald Trump, o espaço é basicamente uma demonstração do poder americano. Ele sabe que pode usá-lo para estimular seu eleitorado", estima Xavier Pasco, diretor da Fundação para Pesquisa Estratégica em Paris. A data prevista a viagem foi fixada no primeiro momento para 2028, porém a Casa Branca acelerou o cronograma, exigindo que os astronautas americanos aterrissem no satélite em 2024. 

A China, por sua vez, avança metodicamente. A Chag'e -4, conseguiu pousar no lado oculto da lua em janeiro deste ano. "Em si, não foi grande coisa. Mas foi simbólico, porque nenhum país tinha feito antes e chamou a atenção de todo o mundo", admite John Logsdon, professor emérito no Instituto de Política Espacial da Universidade George Washington. 

A Europa está fornecendo aos Estados Unidos o módulo de serviço da Orion, a espaçonave que será responsável pelo transporte de seus astronautas. Apenas a Rússia, os Estados Unidos e a China conseguiram pousar dispositivos na Lua, a mais de 384 mil quilômetros de distância da Terra. 

A Lua não é um destino fácil. Chegar até lá em 2024 será ainda mais complicado de se cumprir, pois o desenvolvimento o do mega-foguete SLS está atrasado. Os empreiteiros espaciais, incluindo Elon Musk (SpaceX) e Jeff Bezos (Blue Origin), estão sendo chamados pela Nasa para ajudar a reduzir os custos das missões, mas as licitações ainda não foram finalizadas. 

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