Fecomércio BA alerta para impacto de tarifa de 50% de Trump nas exportações baianas
Entidade avalia que medida é 'injustificada' e representa 'perda para ambos os lados'

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A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado da Bahia (Fecomércio BA) publicou um posicionamento, nesta terça-feira (15), sobre a tarifa de 50% anunciada pelo governo de Donald Trump, dos Estados Unidos, contra o Brasil. Segundo a entidade, a Bahia deverá sofrer impactos diretos nas exportações de cacau, derivados de petróleo e pneus — produtos que compõem parcela expressiva da pauta comercial baiana.
"Por trás dessa medida injustificada encontram-se micro, pequenas e médias empresas do Comércio de Bens, Serviços e Turismo da Bahia, que sofrerão impactos diretos e indiretos — sem qualquer respaldo técnico ou econômico que justifique tal penalização", critica a Fecomércio.
Segundo a federação, a medida tem potencial para impactar de forma significativa as relações comerciais entre os dois países, representando, uma perda para ambos os lados, afetando especialmente o comércio e os consumidores.
“É um equívoco permitir que interesses ideológicos se sobreponham às relações econômicas, sobretudo diante de um histórico de cooperação sólida e respeitosa entre os dois países. Caso a taxação adicional seja efetivada, produtos brasileiros — em especial commodities — poderão perder competitividade no mercado norte-americano. Isso poderá acarretar desinvestimentos e demissões em diversas regiões do país, incluindo a Bahia”, declara o presidente do Sistema Comércio BA, Kelsor Fernandes.
A Fecomércio avalia ainda que "ainda há tempo, até o início de agosto, para que a diplomacia e os representantes comerciais de ambos os países busquem uma solução pragmática, desprovida de ideologias".