Felipe D'avila critica apoio de Amoêdo a Lula: "traição ao partido Novo"

O ex-candidato à Presidência do Brasil Felipe D'avila (Novo), através das redes sociais, criticou a declaração de voto em Luiz Inácio Lula da Silva (PT) feita por João Amoêdo, fundador da legenda. Segundo D'avila, apoio ao petista é "traição aos valores liberais, ao partido Novo e a todas as pessoas que criaram um partido para livrar o Brasil do lulopetismo".

A declaração de voto de Amoedo ao Lula é uma traição aos valores liberais, ao partido Novo e a todas as pessoas que criaram um partido para livrar o Brasil do lulopetismo que tantos males criou ao Brasil.
Amoedo: pega o boné e vai embora. Você não representa os valores liberais

— Felipe D'Avila (@fdavilaoficial) October 15, 2022

Nos comentários, internautas se dividiram entre concordar com Felipe D'avila e contestar a crítica, afirmando que o próprio partido liberou que seus filiados declarassem apoio a quem quisessem no segundo turno das eleições. Um internauta chegou a comentar que sempre votou no Novo mas, depois da declaração de Amoêdo, a legenda nunca mais teria o seu voto. Já outro questionou se a postura de D'avila não feria o princípio de liberalismo enquanto liberdade de escolha.

Eu que só voto no NOVO para vereador, deputado estadual e federal, depois desse posicionamento e da traição de Amoedo ao votar no Lula, não voto nunca mais nesse partido que se tornou o mesmo perfil do PSDB natimorto.

— Lucas R. F 🔰🇧🇷 (@LucasRo80744003) October 15, 2022

Escolha ruim, mas o partido deixou a escolha para os filiados, essa postura não fere o princípio do liberalismo Squanto a liberdade de escolha?

— David Azevedo (@DavidAzevedosp) October 15, 2022

Amoêdo declarou, em entrevista à Folha de S. Paulo, que votaria em Lula no segundo turno por acreditar que a reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL) representa "um risco maior". Segundo o ex-presidente do partido Novo, uma das coisas que o fez desistir do voto nulo para apoiar o petista foi a proposta de aliados do governo Bolsonaro de aumentar o número de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

A proposta, de aliados do governo, de aumentar o número de ministros do STF é um risco grave para a independência dos Poderes.

Bolsonaro, se reeleito, indicaria a maioria da Corte.

Este foi um dos passos de Hugo Chávez para transformar a Venezuela em uma autocracia.

— João Amoêdo (@joaoamoedonovo) October 8, 2022