Michel Telles

Fertilizações in vitro no Brasil crescem 18% no último ano, segundo ANVISA

Segurança dos procedimentos é prioridade do IVI RMA Global

Por Michel Telles
Ás

Fertilizações in vitro no Brasil crescem 18% no último ano, segundo ANVISA

Foto: Divulgação

Embora raros, erros em etapas do processo de reprodução assistida já foram registrados em diversas partes do mundo e alguns deles têm vindo à tona. O caso de divulgação mais recente, nos Estados Unidos, que teve detalhamento público neste mês de julho, chama a atenção para a necessidade de redobrar os cuidados com o passo a passo dos procedimentos, especialmente levando em conta que a reprodução assistida tem sido cada dia mais utilizada por casais no Brasil. O número de procedimentos utilizando a técnica foi superior a 43 mil em todo o país, em 2018; um índice 18,7% maior do que o de 2017, segundo estudo da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), que acaba de ser publicado.

Um dos principais aspectos a ser observado é o cuidado com os procedimentos laboratoriais. Os erros precisam ser anulados, desde uma simples troca de grafia dos nomes dos pacientes, até mesmo a fertilização de óvulos com material da pessoa errada. As práticas precisam passar por procedimentos e conferências que eliminem a possibilidade da falha. “Desde o início de minha formação como embriologista afirmo que escolhi uma profissão onde é impossível errar e por isso o trabalho no laboratório de Fertilização exige comprometimento, concentração e cuidado especial durante todo o tempo. É uma coisa que sempre reafirmo para meus alunos de graduação que pretendem seguir essa área”, explica Daniele Freitas, coordenadora do LAB FIV Salvador.

Na IVI Salvador todo protocolo é um padrão do IVI RMA Global, que tem experiência e know-how no mercado há 29 anos, e todas as regras e normas rígidas do grupo são obedecidas. O laboratório de fertilização in vitro precisa assegurar um controle de qualidade e segurança dos procedimentos dos pacientes. Existe um rigoroso protocolo que deve ser seguido a cada atividade desenvolvida. Para garantir 100% da segurança no laboratório, cada procedimento é individualizado, ou seja, só são retirados do incubador e levados à bancada de trabalho, gametas ou embriões de um paciente por vez, no momento da sua manipulação. Além disso, é utilizado um sistema de dupla checagem em que é feito um trabalho em equipe pelos embriologistas, a fim de conferir nomes e identificação.

Antes de iniciar qualquer procedimento, é feita a reserva com o nome da paciente, do incubador onde ficarão os embriões, e a identificação de todo o material onde serão manipulados. Neste local, o material permanece por todo o período até o momento da transferência ou congelamento. Os embriões congelados recebem identificação através de etiqueta resistente ao nitrogênio liquido, onde ficam armazenados em local especifico ate o destino final.

“Todos os procedimentos são conferidos e o testemunho registrado por assinatura do embriologista que realizou e do que fez a segunda conferência”, complemente a especialista.

O crescimento da Fertilização In Vitro no Brasil

A ANVISA publicou no último dia 17 de julho o 12º Relatório do Sistema Nacional de Produção de Embriões (SisEmbrio), que traz dados de 2018. No país, foram realizados 43.098 ciclos de fertilização, número que representa um aumento de 18,7% em relação aos 36.307 de 2017. O relatório aponta ainda que o estado de São Paulo foi o que realizou mais ciclos, cerca de 46,8% do total. Minas Gerais e Rio de Janeiro seguem a lista. Um outro dado trazido pelo relatório aponta que a média da taxa de fertilização in vitro foi de 76%, compatível com a literatura internacional, que tem variação entre 65% e 75%.

 

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