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Economia

FGV diz que agronegócio brasileiro pode neutralizar emissões de carbono até 2030

Ação faz parte da Agenda da Organização das Nações Unidas (ONU)

Por Da Redação
Ás

FGV diz que agronegócio brasileiro pode neutralizar emissões de carbono até 2030

Foto: Getty Images

Estudos do Observatório de Conhecimento e Inovação em Bioeconomia, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), projetam que o setor agropecuário brasileiro, responsável por cerca de 27% do Produto Interno Bruto (PIB) do país, tem potencial para neutralizar as emissões de gases de efeito estufa provenientes das produções pecuárias e de soja até 2030. Caso isso aconteça, o setor cumprirá a Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). 

Nas análises, os pesquisadores  apontam dois principais processos para a descarbonização da produção: a recuperação de pastagens degradadas, evitando o desmatamento, e os sistemas integrados de Lavoura-Pecuária-Floresta (LFP). Segundo os estudos, os sistemas LFP consistem em combinar diferentes tipos de produção agropecuárias na mesma localidade. Ou seja, o produtor terá uma rotatividade do uso do solo, entre lavoura e pecuária.

Além disso, os pesquisadores afirmam que “a combinação de agricultura e pastagem dentro da mesma área leva a sinergias entre os componentes do sistema que podem gerar ganhos de produção, redução de custos e melhoria dos serviços ecossistêmicos de biodiversidade”. Esse tipo de integração ainda reduz os riscos de perda da atividade agrícola relacionados ao clima e à variação de preços de mercado.

O setor agropecuário é responsável por 28% das emissões totais de GEES no país. Entretanto, é o principal responsável pela emissão de gás metano (CH4) no Brasil, equivalente a 76,1% das emissões. Nesta quarta-feira (23), a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, vai participar de uma cerimônia de assinatura de um acordo de cooperação técnica entre o Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES) e a pasta, sobre pecuária bovina de baixo carbono. 
 

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