Filha de Bolsonaro tem direito a estudar no Colégio Militar

O presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), solicitou ao Exército para que sua filha, Laura, seja matriculada no Colégio Militar de Brasília sem necessidade de passar pelo processo seletivo. Conforme o regulamento, os colégios militares são reservados para estudantes que passam por um processo seletivo ou para filhos de militares. Nesse caso, o presidente foi capitão do Exército, mas foi transferido para a reserva na década de 1980, ao entrar para a política. O Farol da Bahia entrou em contato com o Exército Brasileiro que informou, nesta quinta-feira (26), que o pedido do presidente da República será analisado pelo comandante da força. 

Diferente do que foi publicado pelo Jornal Folha de São Paulo, não há empecilho que a filha do presidente da República, Jair Bolsonaro, entre no Colégio Militar de Brasília sem prestar concurso. Segundo as regras da instituição Laura, por ser filha de militar da reserva em estado diferente do estado de origem e que ocupa cargo em serviço público, tem o direito de solicitar matrícula em caráter excepcional conforme informa a nota do CCSE.

Em conversa com apoiadores, na última terça-feira (24), Bolsonaro já tinha afirmado que a filha dele estudaria no Colégio Militar. “A minha [filha] deve ir ano que vem pra lá [Colégio Militar]. A imprensa já está batendo. Ela tem direito por lei, até por questão de segurança”, afirmou o presidente.  

De acordo com o artigo 52 do Regulamento dos Colégios Militares, podem se matricular sem necessidade de processo seletivo os órfãos de militares ou dependentes de militares que estejam transferidos, em missão no exterior, em guarnições especiais, transferido para a reserva remunerada e dependentes de militares da reserva se o responsável for reformado por invalidez.

Veja a resposta do Exército na íntegra: 

O Centro de Comunicação Social do Exército informa que, conforme previsto no Regulamento dos Colégios Militares (R-69), foi apresentado requerimento de matrícula em caráter excepcional da criança citada no Colégio Militar de Brasília. O Regulamento faculta ao Comandante do Exército apreciar casos considerados especiais, ouvido o Departamento de Educação e Cultura do Exército (DECEx), conforme justificativa apresentada pelo eventual interessado. No momento, está sendo aguardada a manifestação do DECEx para posterior despacho com o Comandante do Exército, que só então emitirá parecer sobre o assunto.

Atenciosamente,

CENTRO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL DO EXÉRCITO

EXÉRCITO BRASILEIRO

BRAÇO FORTE - MÃO AMIGA