Filha de faxineira, brasileira se torna uma das maiores empreendedoras dos EUA
Aos detalhes...
Foto: Divulgação
De berço humilde, a empresária brasileira Sophia Utnick hoje é conhecida nos Estados Unidos por seus empreendimentos. Enquanto lá seu nome é sempre associado ao sucesso de suas empreitadas, por aqui é sinônimo de ajuda ao próximo. Mas não foi fácil chegar até aqui. Sophia relembra que a mãe era dona de um bar, mas decidiu buscar uma vida melhor para a família em terras norte-americanas, já que a situação do Brasil não estava nada boa no final dos anos 1980 e início dos anos 1990. Na terra do Tio Sam, enquanto a mãe trabalhava como faxineira e fazia sua carreira, Sophia partiu para os estudos. “Mas a raiz empreendedora veio de inspiração materna, já que ela foi uma das pioneiras das empresas de limpeza, em Boston”, conta.
Aí começou uma trajetória vitoriosa, mas, é claro, repleta de desafios: “Hoje sou dona de uma empresa de distribuição de cerveja, junto com o meu marido, nós somos um dos maiores no ramo, em Nova York. Também somos donos de uma empresa de landscape, em Miami. Sou paisagista, mas o que mais tenho feito é produção na área cultural”. contou a empreendedora que começou a quase um ano no meio artístico.
Durante a pandemia da Covid-19, Sophia decidiu criar a Utnick Production. “Decidi ajudar artistas iniciantes com despesas da carreira e a fazer contatos no meio para crescer profissionalmente. Comecei a agenciar pessoas que ninguém daria oportunidade e hoje muitos já estão com a sua carreira em crescimento”, destaca. Alguns deles já estão sempre presentes nas páginas de jornais, revistas e sites da web, como MC Lipinho Atrevido, Keila Ruama, Merson, DJ POP na Batida, da Love Funk e a TP Produtora, que em breve irá estrear um single com MC Mirella e Dynho Alves. Sua empresa também já fez parcerias com outros grandes nomes do bregafunk, como Danilo Bolado, MC Reizin e MC Abalo.
Tudo isso sem deixar de lado a história de tantas batalhas por trás, por isso Sophia investe em trabalhos sociais no estado em que nasceu: “Em Minas Gerais, sempre ajudei a Instituição de Santa Luzia, que cuida de pessoas idosas com problemas mentais. A Casa das Meninas, por exemplo, em tempos antes da pandemia eu sempre alugava o trenzinho da alegria, para animar crianças e velhinhos”, lembra. Além disso, durante este período difícil que o Brasil tem passado, a empresária conta que já doou mais de 500 cestas básicas “para ajudar famílias em vulnerabilidade social e reduzir os impactos do isolamento social na região”, completa.