Filipinas se junta a Malásia e Índia para acusar Pequim de reivindicar território
Irritação dos países foi gerada após China publicar novo mapa nacional
Foto: Reprodução/Haluk Beyazar/Flickr
A China publicou, na última segunda-feira (28), uma nova versão do seu mapa nacional, para corrigir o que Pequim referiu no passado como "mapas problemáticos" que afirma deturparem as suas fronteiras territoriais. Com isso, as Filipinas tornaram-se seus últimos vizinhos após opor-se ao novo mapa e juntar-se a Malásia e Índia em declarações condenatórias que acusam Pequim de reivindicar territórios.
De acordo com as Filipinas, nesta quinta-feira (31), a rejeição do mapa foi devido à inclusão de uma linha tracejada em torno de áreas contestadas do Mar do Sul da China, tema que foi sujeito a uma decisão de um tribunal internacional, em 2016, que terminou favorável à posição filipina.
O mapa é a “mais recente tentativa de legitimar a suposta soberania e jurisdição da China sobre as características e zonas marítimas das Filipinas [e] não tem base no direito internacional”, afirmou o departamento de Relações Exteriores das Filipinas em um comunicado.
A Índia foi o primeiro país a reclamar, na terça-feira (29), quando protestou contra a inclusão de Arunachal Pradesh e do disputado planalto Aksai-Chin em território chinês.
A Malásia também rejeitou as “reivindicações unilaterais” da China, acrescentando que a nação do sudeste asiático “é consistente na sua posição de rejeitar as reivindicações de soberania, direitos soberanos e jurisdição de qualquer parte estrangeira sobre as características marítimas da Malásia”.
Após as manifestações negativas, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Wang Wenbin, disse que as revisões eram um "exercício rotineiro de soberania de acordo com a lei". “Esperamos que as partes relevantes possam permanecer objetivas e calmas e evitar interpretar excessivamente a questão”, disse em entrevista a jornalistas.