Fiocruz aponta aumento no gasto per capita com saúde de 29,3%
Percentual refere-se aos anos de 2015 a 2019
Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil
Entre 2015 e 2019, o gasto corrente total em saúde no Brasil teve crescimento per capita de 29,3%, quando passou de R$ 2.613,34 para R$ 3.380,62. Os dados estão disponíveis no livro Contas de Saúde na Perspectiva da Contabilidade Internacional: Conta SHA para o Brasil, 2015-2019.
Segundo a publicação, que faz parceria entre o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o Ministério da Saúde e a Fiocruz, no mesmo período, o gasto corrente em saúde aumentou 25,1%, passando de R$ 531,8 bilhões para R$ 710,4 bilhões. Os dados foram enviados à Organização Mundial da Saúde (OMS) e à Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), para constarem de bases internacionais de informação.
A análise mostra que o gasto público por regimes governamentais aumentou de R$ 231,5 bilhões para R$ 290,4 bilhões, um crescimento nominal de 25,5% entre 2015 e 2019. Esse aumento foi menor que o observado nos regimes privados, ou seja, de pré-pagamento voluntário e de pagamento direto do bolso das famílias, que passaram de R$ 285,0 bilhões para R$ 398,0 bilhões, ou alta de 39,6%, em termos nominais.
Em 2019, na média dos países da OCDE, os regimes públicos de saúde representaram 6,1% do Produto Interno Bruto (PIB), enquanto os regimes privados de saúde correspondiam a 2,1% do PIB. No Brasil, no mesmo ano, verificou-se uma situação inversa: regimes privados representaram 5,4% do PIB e regimes públicos, 3,9%.