Fiocruz realiza pesquisa para investigar a hesitação em vacinar crianças contra covid-19
Avaliação será feita por meio de questionário na internet que deve ser respondido até 30 de janeiro
Foto: Breno Esaki/Agência Saúde DF
O Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz) deu início a um estudo para avaliar os motivos da hesitação de pais e responsáveis em vacinar as crianças e adolescentes contra a Covid-19.
A pesquisa, chamada de VacinaKids, pode ser respondida através de um formulário na internet até o dia 30 de janeiro de 2022. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do IFF/Fiocruz (CEP-IFF), e é destinado a brasileiros maiores de 18 anos que morem no Brasil e sejam responsáveis por ao menos uma criança ou adolescente.
O objetivo da pesquisa é entender quais as motivações desses adultos para tomar a decisão de não vacinar crianças e adolescentes que estão sob seus cuidados. A coordenadora do estudo é a pesquisadora clínica do IFF/Fiocruz Daniella Moore. Ela explica que o estudo irá permitir a elaboração de estratégias para reduzir a hesitação e contribuir para a imunidade coletiva e a superação da pandemia de Covid-19.
“Um estudo realizado em 12 emergências dos Estados Unidos da América, do Canadá e de Israel mostrou dados preocupantes, pois, apesar da persistência da pandemia, a hesitação vacinal aumentou entre pais de crianças e adolescentes, quando comparados os períodos de março a maio de 2020 com dezembro a março de 2021. Esse estudo mostrou intenção vacinal de 59,7%. Outro estudo na Arábia Saudita mostrou 53,7% de intenção dos pais em vacinar seus filhos (as) para prevenção da covid-19”, afirma Daniella, no texto divulgado pelo instituto.
A vacinação de crianças e adolescentes menores de 12 anos contra a covid-19 no Brasil ainda está sendo avaliada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Na semana passada, os fabricantes Pfizer/BioNTech pediram autorização à agência para que sua vacina seja aplicada na faixa etária de 5 a 11 anos. Para 12 anos ou mais, o uso da vacina já está autorizado.