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Firjan prevê que arrecadação dos royalties de petróleo pode crescer 80% em 2022

O processo será provocado pelo atual cenário de barril do petróleo e pelo aumento da produção de óleo

Por Da Redação
Ás

Firjan prevê que arrecadação dos royalties de petróleo pode crescer 80% em 2022

Foto: Divulgação/Petrobras

De acordo com uma avaliação realizada  pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), a arrecadação com royalties do petróleo e gás no Brasil pode crescer cerca de 80% neste ano em relação a 2021. O processo será provocado pelo atual cenário de barril do petróleo acima dos US$ dos 100, moeda americana valorizada frente real e aumento na produção de óleo.

A Firjan apontou que a receita com royalties do petróleo pode atingir R$ 67,5 bilhões neste ano. A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) relatou que, no ano passado, o Brasil arrecadou mais de R$ 36 bilhões de reais no quesito.

De acordo com a instituição, Os royalties do petróleo são o pagamento feito pelo segmento de óleo e gás para compensar danos e impactos da atividade ao meio ambiente. A avaliação informou que O Estado do Rio de Janeiro, maior produtor nacional de petróleo e gás, deve ter uma receita robusta neste ano com o recurso: R$ 14,5 bilhões, 86% a mais do que em 2021, quando recolheu R$ 7,8 bilhões.

Em 2021, os pagamentos da Petrobras bateram recordes em royalties e participações especiais destinadas aos governos. A empresa desembolsou R$ 54,5 bilhões, e destes, quase R$ 30 bilhões foi royalties e o restante em participações especiais. A PE, como é conhecida, é uma espécie de compensação adicional cobrada para aqueles campos com alto volume de produção de petróleo.

A federação considerou que, para a estimativa de 2022, que o barril do tipo 'brent' valerá US$ 115 e o dólar americano terá valor de R$ 4,92.

Fernando Montera, coordenador de pesquisa da instituição, alerta, no entanto, que os cenários para o mercado de petróleo são instáveis e que os Estados precisam se preparar para tempos de menor bonança. 

“Hoje, o preço do petróleo e o câmbio impactam positivamente, a produção está aumentando. Mas no futuro a gente pode ter um outro cenário, pode ter um cenário que reduza a proteção do barril. A gente tenha um câmbio mais valorizado, que impacte negativamente na arrecadação. Então, é importante ter essa noção de ciclo, que esse recurso precisa ser utilizado para construir e ser capaz de suportar esses períodos em que ele reduz e não só focar no momento de alta”, argumenta.

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