Michel Telles

Flertar é traição? Fique por dentro dos combinados da monogamia!

Aos detalhes...

Por Michel Telles
Ás

Flertar é traição? Fique por dentro dos combinados da monogamia!

Foto: Reprodução / Instagram

Lucas Henrique, o Buda, mal sabe, mas a situação dele fora do BBB 24 não está nada boa. Camila Moura, esposa do rapaz, se irritou por conta de um flerte do brother com Pitel e até já arrumou as malas do (ex-?) marido. Todos nós desenhamos linhas invisíveis nos relacionamentos, principalmente em torno da traição. O que trair significa para você? E quando flertar se torna traição? Apesar de maioria achar que existe apenas uma regra, o “não trair”, fica o questionamento: o que é trair? Uma vez que cada indivíduo tem uma ideia diferente do que é uma traição, torna-se necessário conversar sobre isso e alinhar expectativas. 

Na teoria, traição é quebrar combinados, independentemente de quais forem. “É uma quebra de confiança, decepcionar o outro mesmo sabendo o que era combinado. Por isso a importância desse combinado não ser automático, subentendido. Ele precisa ser claro para ambas as partes, até mesmo para não acontecer o famoso ‘para mim isso não é traição’”, explica a terapeuta sexual Tâmara Dias  É justamente para evitar esse ruído que o óbvio precisa ser dito. Afinal, traição é um conceito – há quem ache que só sexo não é trair, enquanto outros podem ver como infidelidade apenas a parte carnal. Há quem flerte sem achar que exista problemas nisso 

O fato das pessoas entrarem em um relacionamento monogâmico sem ao menos procurar saber as expectativas sobre fidelidade do outro se deve muito à construção, por gerações e gerações, da monogamia como o certo e normativo. “Com as mudanças culturais de maturidade, comportamento e crenças das novas gerações, muitos aspectos diferentes passaram a fazer parte das relações, atitudes que antes não eram nem vividas, como a vida on-line. Ter uma conversa franca se torna indispensável. Definir bem os combinados pode evitar muitas frustrações”, indica a psicóloga. “O que se acredita ser o certo ou ideal para sua vida hoje pode se tornar irrelevante para você amanhã. A importância que se dá para determinada atitude pode ser menor no dia seguinte. As mudanças de crenças ocorrem em paralelo com o ganho de maturidade pessoal e emocional”, pontua. 

Ainda que pareça algo difícil ou complexo, é um processo que se torna natural com muito diálogo, sinceridade e, principalmente, respeito e aceitação pelo outro e pelo que ele sente. Além disso, Tâmara dá a dica: nunca trate os combinados como “regras”.

“Regras são impostas de forma autoritária e não é legal ter a sensação de ser obrigado a segui-las. Os combinados são bem mais democráticos e passam a sensação de   que é algo que se concorda em cumprir, pois participou da sua construção e o aceitou por que está dentro do que se acredita ser o ideal para o relacionamento”, finaliza.

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