Política

Flordelis é notificada sobre processo no Conselho de Ética da Câmara

Parlamentar acusada de ser mandante de assassinato de marido tem cinco dias para apresentar defesa

Por Juliana Dias
Ás

Flordelis é notificada sobre processo no Conselho de Ética da Câmara

Foto: Agência Brasil

A deputada federal Flordelis (PSD-RJ) foi notificada nesta quarta-feira (9) sobre o pedido de abertura do processo contra ela por quebra de decoro parlamentar no Conselho de Ética na Câmara dos Deputados. Pelo regimento, a parlamentar terá cinco dias úteis para apresentar a sua defesa. Antes, foram feitas duas tentativas de notificação e depois da terceira tentativa, a notificação seria publicada no Diário Oficial, o que não foi necessário.

O corregedor na Câmara, deputado Paulo Bengston (PTB-PA), informou que o prazo para a defesa já deve contar a partir de quinta-feira (10). 

Também nesta quarta-feira (9), está prevista a votação do projeto de resolução (53/20) que permite o funcionamento do Conselho, usando o mesmo sistema do Plenário da Casa. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, disse que é grave e constrangedor o caso da deputada federal Flordelis, que é acusada de ser a mandante do assassinato do marido, o pastor Anderson do Carmo. De toda forma, afirmou que é indispensável respeitar os prazos regimentais e garantir o direito de defesa da parlamentar. "O direito de defesa tem que ser respeitado mesmo sendo um fato muito grave e constrangedor para todos", registrou.

Por meio da nota, divulgada na sexta (4), a deputada disse que "existe evidente erro na conclusão das investigações".  "Não posso ser julgada e muito menos condenada, antes que todo o processo seja concluído. Os equívocos encontrados serão esclarecidos e tenho plena convicção de que irei provar a minha inocência quanto ao assassinato de meu marido e que os envolvidos no crime, sejam eles quem forem, responderão pelos seus atos". O texto ainda trata da representação na Câmara. "Quanto ao Conselho de Ética, conto com a sua imparcialidade e isonomia nesse processo, meu direito de defesa deve ser respeitado, aguardando assim a apuração final de todas as partes que compõem o caso, sem que haja quebra do decoro parlamentar frente as acusações levianas atribuídas à minha pessoa pela investigação policial", registrou Flordelis.

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