Vídeo: Fonoaudióloga acusa ex-marido de abusar da filha de 3 anos em Salvador
Tamires Reis relatou a denúncia nas redes sociais
Foto: Reprodução
A fonouadióloga Tamires Reis acusa o ex-companheiro - dono de uma academia de tênis em Salvador - de abusar sexualmente da filha do casal, de 3 anos. A mãe da criança publicou um vídeo nas redes sociais com a denúncia, no último domingo (21). No vídeo, ela apresenta fotos em que a menina aparece com hematomas no corpo.
Além de gravações em que o homem a xinga enquanto carrega a criança no colo. Ela afirma que a bebê voltou da casa do pai com as marcas e vermelhidão nas parte íntimas e apresenta o comportamento agressivo, irritabilidade e automutilação. Além de relatar atos que o acusado fazia enquanto a avó trocava sua fralda.
De acordo com Tamires Reis, o Ministério Público da Bahia arquivou a denúncia alegando "falta de provas concretas", com isso a Justiça determinou que a guarda seja compartilhada. O Farol entrou em contato com a fonoaudióloga e com o MP-BA, mas até a publicação desta matéria não teve resposta.
Em nota encaminhada ao Farol da Bahia, o Ministério Público da Bahia afirmou que solicitou o prosseguimento das investigações, além de pedir a Justiça, medida protetiva contra à criança.
Confira a nota completa abaixo:
Após o recebimento de informações adicionais, que não haviam sido anexadas ao inquérito policial, o Ministério Público estadual reconsiderou o arquivamento do caso e hoje, dia 22, determinou o retorno dos autos à Polícia Civil solicitando a continuidade das investigações. Também foi solicitada, à Justiça, medida de proteção à criança. As informações foram apresentadas ao MP pelo advogado da mãe da criança na última quinta-feira, 18.
O MP havia solicitado o arquivamento do caso com base no inquérito policial que não identificou indícios suficientes de autoria e materialidade para a configuração do crime. Sem esses indícios, não é possível oferecer denúncia, já que, conforme a lei, as acusações criminais precisam apresentar elementos de prova minimamente seguros, sérios e compatíveis com a gravidade dos fatos criminosos supostamente ocorridos e atribuídos a alguma pessoa.
Entenda o caso
Segundo o vídeo, após a separação em 2022, foi a primeira vez em que a filha voltou da casa do pai com os sinais. "Em julho de 2022, ele devolveu minha filha e ela chorava muito. Tentei trocar ela, mas fez barreira de travesseiros, dobrou as pernas e cobriu o rosto. Não deixava eu tirar a fralda de jeito nenhum. Vi que as regiões íntimas estavam avermelhadas. Não conseguia fazer a higienização correta por causa desse trauma de quando ela estava na casa do pai", narrou.
Após ser confrontado, o homem acusou a namorada dele de ter possivelmente abusado da menina e afirmou que iria terminar. Com isso, os encontros passaram a ocorrer com a presença de uma babá. "Ele deixava a babá em casa e saía sozinho com minha filha. A babá relatou situações de maus-tratos dele com minha filha. E, assim, todas babás que passaram tinham medo dele", afirma.
Conforme Tamires, as autoridades "não levaram em consideração" os relatos da vítima, nem documentos psicossocial. E associa a "lentidão" do processo a influência do ex-marido.
Confira mais no vídeo abaixo: