Forças Armadas solicita ao TSE que documentos sobre eleições sejam divulgados publicamente

Um ofício encaminhado pelo ministro da Defesa, Paulo Sergio Nogueira, ao presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Edson Fachin, nesta quinta-feira (5), solicita que todos os documentos que foram trocados entre as Forças Armadas e a corte eleitoral se tornem públicos.

Se divulgado, o documento apresenta potencial de desgastar a relação entre as duas instituições, pois também registra que o TSE não atendeu a um pedido de audiência do ministro.

A intenção de Paulo Sergio Nogueira é de tornar públicas todas as sugestões realizadas por elas e como o TSE se posicionou em relação a isso.

A CNN revelou, no último dia 25 de abril, o documento intitulado “Plano de Ação para a Ampliação da Transparência do Processo Eleitoral”, que constavam sugestões de todos os participantes do Comitê. Uma delas foi feita pelo comandante cibernético do Exército, general Heber Portella, que representa o órgão no colegiado.

De acordo com o site, o Plano de Ação, sintetizado pelo TSE, não dá clareza a tudo o que foi apresentado pela Defesa e abre margem para interpretações equivocadas. Um dos problemas apresentado pelo texto é relacionado à "contagem paralela" dos votos por militares, que é defendida por Jair Bolsonaro, mas que militares dizem que nunca foi sugerida por eles.

O ofício ainda registra outra solicitação do ministro da Defesa, referente a uma audiência para expor a situação, mas que não foi atendida por Edson Fachin. Em resposta, o TSE informou que a audiência com o presidente foi pedida apenas nesta quarta-feira (4).