Formação em Direitos Humanos e Mediação de Conflitos reúne lideranças e moradores do Nordeste de Amaralina!
Aos detalhes.

Foto: Divulg.
Na manhã deste sábado (24), o Centro Social Urbano (CSU) do Nordeste de Amaralina, em Salvador, sediou o primeiro de quatro encontros da Oficina de Direitos Humanos e Mediação de Conflitos, iniciativa voltada à formação de mediadores populares, democratização do saber jurídico, promoção do acesso à justiça e fortalecimento da cultura de paz. A capacitação, conduzida pela facilitadora Vera Leonelli, terá um total de 24 horas e, ao final, serão selecionados mediadores que irão atuar no Núcleo de Mediação Popular de Conflitos e Orientação sobre Direitos, que funcionará no CSU.
A atividade está prevista no Projeto Direitos Humanos e Mediação Popular de Conflitos para Convivência Comunitária Sustentável (Termo de Fomento nº 021/2024) firmado entre o Juspopuli – Escritório de Direitos Humanos e a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos do Estado da Bahia (SJDH). O projeto foi viabilizado com recursos oriundos de Emenda Parlamentar da deputada federal Lídice da Mata.
Na abertura do evento, a presidente do Juspopuli, Marília Lomanto, destacou a relevância do projeto em um momento de tensão social no bairro. “Estamos aqui compartilhando saberes com a comunidade, dialogando e mostrando que essa comunidade funciona, e é possível construir paz e difundir direitos e que esses direitos devem ser respeitados pelo Estado brasileiro, porque isso é democracia”. Marília Lomanto afirmou ainda que o Nordeste de Amaralina precisa ser tratado como um espaço de paz, resistência e respeito.
Para a vice-presidente da organização, Márcia Misi, o encontro representa mais do que uma ação pontual. “Esse projeto é muito importante porque indica a retomada dos escritórios de mediação, que funcionaram por muitos anos contribuindo para uma cultura de paz nas comunidades, reforçando a cidadania. Estamos retomando aqui no Nordeste de Amaralina, um lugar de muita luta, e a expectativa é que a gente forme mediadores para atuar neste núcleo que vamos inaugurar aqui em breve”.
A moradora da comunidade e participante da oficina, Roberta Nascimento também compartilhou sua empolgação com o projeto. “Estou muito feliz e ansiosa com a oportunidade da retomada do diálogo com a comunidade, numa perspectiva de mediação, e a minha expectativa é de que a gente possa trazer ainda mais conhecimento para a nossa comunidade”.
Já o representante da Coordenação Geral dos Centros Sociais Urbanos, Leonardo Brito, reforçou o papel estratégico do CSU. “Eu fico muito feliz de receber o Juspopuli aqui no CSU do Nordeste de Amaralina. O CSU é uma ferramenta de grande valia para a nossa população e vizinhança. É importante para que a comunidade tenha esse pertencimento em poder estar nesse curso e mediar os conflitos dentro da comunidade”, afirmou.
Ao final do encontro, Marília Lomanto concluiu com uma reflexão sobre a importância da presença institucional no território. “Estamos aqui, realizando a atividade, e vamos sair do CSU sem que a vida de qualquer de nós sofresse ameaça. Pautamos direitos humanos e produzimos narrativas de esperança e de respeito à resistência da comunidade que marca o Território do Nordeste de Amaralina”.