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'Fotografia não é boa', diz Jaques Wagner após derrota do PT nas eleições municipais

"Ao mesmo tempo, acho que alguém está comemorando precipitadamente”, disse o ex-governador sobre 2022

Por Da Redação
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'Fotografia não é boa', diz Jaques Wagner após derrota do PT nas eleições municipais

Foto: Reprodução

Em entrevista a uma rádio de Salvador, nesta segunda-feira (30), o senador Jaques Wagner, ex-governador da Bahia, afirma a imagem final não é das melhores, com relação aos resultados das eleições municipais ocorridas neste domingo (29). 

"Nessa eleição vamos ficar sem nenhuma capital de estado governada pelo PT. É a primeira vez que isso acontece. Óbvio que essa fotografia não é boa. Agora, nós adotamos uma estratégia que foi tentar lançar candidatos no maior número de cidades possível, principalmente nas cidades irradiadoras de voto de opinião por conta de toda aquela perseguição que a gente vinha sofrendo desde a prisão do Lula e o impeachment da Dilma, um massacre que vinha para tentar literalmente enterrar o PT. Desse ponto de vista, a estratégia não ganhou nenhuma capital, mas ela, no segundo turno de 2016, nós tivemos 800 mil votos. Agora, no segundo turno, tivemos 2 milhões de votos", avaliou o parlamentar

O senador avaliou o crescimento, mesmo com a derrota, dos candidatos Zé Raimundo e Zé Neto, em Conquista e Feira, respectivamente. "Aqui na Bahia voltamos à mesma fotografia de 2016, que também tínhamos perdido Salvador, Feira, Conquista e Camaçari entre as cidades grandes que estavam sob o governo de outros. Nelas todas, não falo para amenizar, nós crescemos a votação. Nem tínhamos ido ao segundo turno em 2016 nem em Conquista e nem em Feira. Confesso que não sei explicar, porque nossos candidatos saíram apertado, mas na frente. Do primeiro para o segundo turno, Zé Neto cresceu 20 mil e Colbert cresceu 54 mil, que foi de gente que, no primeiro turno, votou nulo e branco e resolveu nesse segundo turno dar a vitória a Colbert", acrescentou.

Wagner disse ainda que mesmo com os resultados, não é motivo para que opositores possam comemorar com foco em 2022. "Ao mesmo tempo, acho que alguém está comemorando precipitadamente. Aí vale, apressado come cru. Em 2016, eu também não ganhei em Salvador, não ganhei Feira, Salvador, Conquista e nem Camaçari. Quando foi em 2018, Rui teve uma eleição retumbante, com 77% e o mais votado da história da Bahia. Para quem quer tirar a consequência para 2022, acho precipitado. Do ponto de vista nacional, acho que o destaque são as lideranças novas que não ganharam a eleição: Manuela em Porto Alegre e Boulos, principalmente, em São Paulo, que fez uma chapa belíssima com a Erundina. Óbvio que isso potencializou ele como uma nova liderança nacional", declarou o ex-governador.
 

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