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Fraude no INSS: entidades usam áudios falsos para alegar suposta contratação, apontam beneficiários

Além de gravações fabricadas, aposentados afirmam que dados informados pelas entidades estão errados

Por Da Redação
Ás

Atualizado
Fraude no INSS: entidades usam áudios falsos para alegar suposta contratação, apontam beneficiários

Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) iniciou o processo de resposta aos beneficiários que afirmaram não ter consentido com descontos associativos de entidades. No entanto, as respostas levantaram novos questionamentos quanto à validade dos documentos apresentados.

Em uma das respostas, obtidas pela CNN, foi apresentado um áudio em que, supostamente, a aposentada Maria Lúcia Braga teria concordado com os descontos. O áudio, de qualidade ruim, mostra a idosa dizendo "sim" e informando parte do CPF, mas é interrompida por uma atendente da União Nacional dos Aposentados e Pensionistas do Brasil (UNSBRAS/UNABRASIL).

Maria Lúcia afirma que o áudio é fabricado e que não concordou com os descontos. Ela diz nem saber do que se tratava. À CNN, o filho da idosa relatou que o "sim" ouvido na gravação não é a voz de sua mãe.

Em outro caso, os documentos enviados pela Associação de Aposentados Mutualistas para Benefícios Coletivos (AMBEC) continham um áudio falso e termos de filiação com informações incorretas.

Os termos de autorização enviados pela AMBEC, atribuídos à beneficiária Varlinete Soares da Silva, continham o nome de outra pessoa: Joseliete Nogueira Nery. No entanto, o CPF utilizado é o de Varlinete.

O documento apresenta outros dados incorretos, como o endereço. Na autorização consta que ela reside em Salvador, mas ela mora em Brasília.

De acordo com a aposentada, o áudio apresentado pela AMBEC também é falso e apresenta informações incorretas, como nome e CPF. Ela também afirma que a voz na gravação não é dela.

Segundo Varlinete, os descontos em seu benefício começaram em outubro de 2023, porém ela só descobriu após a operação da Polícia Federal. Foram descontados R$ 45 durante 18 meses, um total de R$ 810.

Esquema de descontos

Em abril deste ano, a Polícia Federal (PF) e a Controladoria-Geral da União (CGU) revelaram um esquema de fraudes ilegais que desviou R$ 6,3 bilhões de benefícios do INSS entre 2019 e 2024.

Treze entidades foram descredenciadas do INSS de forma automática, oito pessoas foram presas e o então presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, foi afastado e, posteriormente, demitido do cargo.

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