Fraude no INSS: quatro servidores são afastados por suposta ligações com descontos ilegais
Segundo a portaria, publicada no Diário Oficial, nesta segunda-feira (28), o afastamento dos servidores não acarretará prejuízo em suas remunerações

Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil
O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) afastou quatro servidores técnicos sob a justificativa de “preservar o interesse público e evitar possíveis prejuízos irreparáveis à administração”. A medida, publicada no Diário Oficial da União, nesta segunda-feira (28), está relacionada à Operação Sem Desconto, que investiga descontos irregulares aplicados por entidades associativas em benefícios de aposentados e pensionistas.
Os servidores técnicos do Seguro Social afastados são:
- Geovani Batista Spiecker
- Reinaldo Carlos Barroso de Almeida
- Vanderlei Barbosa dos Santos
- Jucimar Fonseca da Silva
Segundo a portaria, o afastamento dos servidores não acarretará prejuízo em suas remunerações. A medida terá duração inicial de 60 dias, com possibilidade de prorrogação, "conforme necessidade e mediante justificativa fundamentada".
De acordo com o INSS, a medida foi tomada devido ao processo administrativo disciplinar (PAD) conduzido pela Controladoria Geral da União (CGU) ainda não ter sido concluído.
Operação Sem Desconto
Deflagrada pela CGU em abril deste ano, a Operação Sem Desconto tinha como objetivo investigar um esquema de descontos irregulares aplicados por entidades associativas em benefícios recebidos por aposentados e pensionistas do INSS.
Segundo as investigações, os descontos causaram um prejuízo de R$ 6,3 bilhões, entre 2019 e 2024.
O reembolso das vítimas começou a ser realizado pelo governo federal na última quinta-feira (24). No primeiro lote, serão beneficiadas 400 mil pessoas, conforme ordem de adesão. Os demais lotes serão pagos em dias úteis, com lotes diários de 100 mil beneficiários. Quase um milhão de pessoas aderiram à devolução.