Fuga de 16 detentos de presídio na Bahia contou com ataque com fuzis
Unidade prisional foi invadida por grupo fortemente armado
Foto: Hildazio Santana - Nucom/Seap
O grupo de homens armados que invadiu o complexo penal de Eunápolis, no extremo sul da Bahia, e libertou 16 detentos, na noite de quinta-feira (12), portava armas de grosso calibre, incluindo fuzis.
O presidente da Reviver, Odair Conceição, disse que o ataque contra o complexo penal teve características inéditas pela violência como ocorreu. “Não se tem notícia de uma fuga orquestrada com o tamanho aparato de guerra”, afirmou em entrevista à Agência Brasil.
Após ingressar a área do presídio, o grupo conseguiu abrir duas celas e trocou tiros com os agentes de segurança. Na sexta-feira (13), um dos suspeitos da invasão morreu em confronto com a Polícia Civil e outro foi preso. Nenhum deles teve a identidade revelada. O homem preso confessou, durante interrogatório, que receberia R$ 5 mil por participar da ação.
O objetivo da ação era libertar o chefe da facção criminosa Primeiro Comando de Eunápolis, Ednaldo Pereira Souza, conhecido como Dada. Os outros 15 detentos libertados também fazem parte da mesma facção criminosa.
Veja abaixo as identidades dos procurados:
1. Edinaldo Pereira Souza, conhecido como Dada;
2. Sirlon Riserio Dias Silva, conhecido Saguim;
3. William Ferreira Miranda;
4. Idario Silva Dias, conhecido como Darinho;
5. Isaac Silva Ferreira;
6. Thiago Almeida Ribeiro, conhecido como Pirata;
7. Romildo Pereira dos Santos, conhecido como Rô;
8. Altiere Amaral de Araújo, conhecido como Leleu;
9. Anailton Souza Santos, conhecido como Nino;
10. Fernandes Pereira Queiroz;
11. Giliard da Silva Moura, conhecido como Saruê;
12. Rubens Lourenço dos Santos, conhecido como Binho Zoião;
13. Valtinei dos Santos Lima, conhecido como Dinei;
14. Anderson de Oliveira Lima, conhecido como Magão;
15. Geifson de Jesus Souza, conhecido como Geu e Bode;
16. Mateus de Amaral Oliveira.
O presídio tem 269 presos, sendo 237 em regime fechado, segundo informações foram confirmadas pela Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização da Bahia (Seap).
Neste sábado, a Seap divulgou que determinou o afastamento por 30 dias da diretora, o diretor adjunto e o coordenador de segurança do conjunto penal.
A pasta afirma que essa foi a primeira vez que uma unidade prisional da Bahia foi invadida. Ainda segundo a Seap, um trabalho de maneira integrada é realizado com a Secretaria de Segurança Pública, prestando apoio à Polícia Civil nas investigações e à Polícia Militar.